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Esta ação já subiu 100% no ano – e para o Itaú BBA ainda é uma das maiores pechinchas da bolsa

Com múltiplos descontados e pipeline robusto, incorporadora Moura Dubeux segue entre as favoritas do banco para no setor de construção civil

Empreendimento da Moura Dubeux em Salvador, Bahia (Moura Dubeux/Divulgação)

Empreendimento da Moura Dubeux em Salvador, Bahia (Moura Dubeux/Divulgação)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 7 de junho de 2025 às 10h24.

As ações da Moura Dubeux (MDNE3) acumulam alta de 105% em 2025. Ainda assim, o Itaú BBA acredita que o papel segue barato.

Mesmo após a disparada, a construtora do Nordeste negocia a apenas 4,5 vezes o lucro estimado para 2026 — um dos múltiplos mais baixos do setor de incorporadoras de média renda, segundo o banco.

Em relatório, o Itaú reafirmou a recomendação de compra para o papel e elevou suas projeções para os lucros da companhia: agora, espera R$ 350 milhões em 2025 e R$ 420 milhões em 2026, valores 15% acima do consenso de mercado.

O preço-alvo para o fim de 2026 é de R$ 31, potencial de valorização de 38% em relação ao patamar atual, que se soma a um dividend yield estimado de cerca de 8% até no mesmo período.

“O valuation ainda é atrativo”, escreve a equipe liderada por Daniel Gasparete. Eles destacam que a Moura Dubeux deve continuar entregando crescimento com rentabilidade elevada, ancorada em um portfólio cada vez mais concentrado nas divisões de condomínios, marcas próprias Mood e Unica, voltados para as faixas mais altas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Entre os destaques da estratégia está a aposta na vertical de condomínios, com projetos icônicos como o Novo Cais, em Recife, e o Casa Fortaleza.

A empresa acredita que esse braço pode operar de forma estável com R$ 2 bilhões em lançamentos por ano. No total, a meta é atingir R$ 4 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) lançado até 2027.

A Moura Dubeux também planeja iniciar o primeiro projeto da marca Unica no terceiro trimestre e descarta, por ora, a expansão geográfica.

Segundo a gestão, o foco está em eficiência operacional e disciplina financeira, incluindo uso crescente de permutas para aquisição de terrenos, redução de despesas administrativas e reforço na produtividade das obras.

Para o Itaú BBA, a decisão de priorizar marcas com margens mais altas e menor risco é bem-vista pelos investidores.

A expectativa é que a alavancagem (medida por dívida líquida sobre patrimônio) fique entre 15% e 20% em 2026, com distribuição anual de R$ 100 milhões em dividendos — valor que pode subir, segundo os analistas.

O banco alerta apenas que o papel é para investidores que não tem preocupações com liquidez, já que as ações da Moura Dubeaux tem volume de negociações médio mais baixo, de R$ 10 milhões diários.

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