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Apesar de ruídos, economia brasileira segue surpreendendo positivamente, diz Verde

Em carta divulgada, a gestora de Luis Stuhlberger diz que a inflação está bem controlada e os ativos estão baratos

Verde: "vemos uma assimetria interessante se formando na parte curta da curva de juros brasileira" (José Patricio/Agência Estado)

Verde: "vemos uma assimetria interessante se formando na parte curta da curva de juros brasileira" (José Patricio/Agência Estado)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 9 de abril de 2024 às 08h26.

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Verde, de Luis Stuhlberger, afirma que a economia brasileira segue surpreendendo positivamente. Em carta divulgada na última segunda-feira, 8, a gestora afirma que a inflação está bem controlada e os ativos estão baratos. Com isso, o fundo manteve a alocação em bolsa, tanto no Brasil, como global e fechou março com desempenho de 1,52%, bem acima do CDI (0,83%).

Sobre o cenário brasileiro, a Verde diz que “como de praxe, o Brasil, mais uma vez, atravessa a rua para escorregar na casca de banana que está na outra calçada. São ruídos de toda sorte, interferência na gestão de estatais, conflitos entre poderes, agendas macro mal coordenadas. Ainda assim, a economia segue surpreendendo.”

Em relação ao cenário global, a gestora diz que a taxa de juro americana continua dominando as atenções do mercado de maneira quase absoluta, no primeiro trimestre desse ano. “Março continuou esta temática: a alta da curva de juros nos Estados Unidos colocando pressão em todas as outras curvas de juros do mundo (incluindo a brasileira) e impactando todos os preços de ativos.”

Disse ainda que alguns componentes do cenário global têm mostrado mudanças importantes e complementam esse contexto de pressão de alta nas taxas de juros. Entre os fatores apontados estão alta do preço do petróleo e os indicadores de ciclo manufatureiro de curto prazo (notadamente os PMIs globais), que mostram sinais de alguma aceleração. As eleições americanas também entraram no radar, com discussões relevantes sobre alta de tarifas e potenciais consequências na inflação.

“De outro lado, avolumam-se as evidências de um choque de oferta bastante positivo impactando a economia americana, fruto do boom de imigração, somado (potencialmente) aos efeitos de investimentos em inteligência artificial.”

Para a Verde, apesar das complexidades do cenário, a gestora manteve o portfólio alocado em ações e com posições aplicadas no juro real americano. “Vemos uma assimetria interessante se formando na parte curta da curva de juros brasileira como combinação da dinâmica global e dos ruídos locais, e gradativamente temos aumentado risco ali.

Alocações da Verde

Segundo a carta divulgada, no mês de março, a Verde manteve a posição aplicada em juros reais no Brasil. Além disso, aumentou a alocação aplicada em pré na parte curta da curva e no no mercado global continuou aplicados no juro real americano.

“Mantivemos a pequena alocação em petróleo e a posição vendida em minério de ferro maturou. A exposição em crédito high yield local e global permanece inalterada. Em moedas ainda temos posições compradas no peso mexicano e na Rúpia indiana, financiadas por posições vendidas no Euro, no Franco suíço, no Renminbi chinês, e no Dólar de Taiwan.”

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