No primeiro mês do ano duas companhias brasileiras aparecem no ranking: Nubank (NU) e Vale (VALE) (Shutterstock/Shutterstock)
Marília Almeida
Publicado em 9 de fevereiro de 2022 às 13h04.
Última atualização em 10 de maio de 2022 às 12h02.
Em um mês marcado pela queda das bolsas nos Estados Unidos, investidores brasileiros aproveitaram a baixa das cotações para adquirir ações de tecnologia. É o que aponta o levantamento realizado pela fintech Stake.
Entre as primeiras posições das ações mais negociadas por brasileiros nas bolsas americanas estão os papéis da Alphabet (GOOG), holding detentora do Google, que disparou depois que a companhia divulgou os resultados do quarto trimestre de 2021.
Quem não teve a mesma sorte foram os compradores da Tesla (TSLA), já que mesmo após divulgar um balanço extraordinário, a companhia rebaixou seu guidance para 2022 por acreditar que a crise logística deve persistir e impactar sua receita durante o ano, avalia Rodrigo Lima, analista de investimentos da Stake.
No primeiro mês do ano, duas companhias brasileiras aparecem no ranking de ações: Nubank (NU) e Vale (VALE).
O banco digital registrou um alto volume de negociação de suas ações, que caíram mais de 33% desde o IPO em dezembro. Alguns brasileiros aproveitaram as cotações mais baixas para ir às compras enquanto outros desistiram e zeraram suas posições.
O grande volume de negociações dos ADRs da Vale foram impulsionados pela alta do minério de ferro, que elevou o preço das ações da companhia, avalia o especialista da Stake.
Em relação aos ETFs mais negociados dentro da plataforma, o brasileiro manteve sua procura por investimentos imobiliários nos EUA. É possível observar um grande volume de negociações do REIT Vanguard ETF (VNQ), que lidera o ranking em janeiro.
Compõem ainda a lista o ETFs S&P 500 Dividend Aristocrats Proshares (NOBL), que investe nas maiores pagadoras de dividendos do índice S&P 500; e o Global X SuperDividend ETF (SDIV), que escolhe as maiores pagadoras de dividendos do planeta.
Com o aumento da volatilidade em Wall Street, os brasileiros utilizaram instrumentos para lucrar mesmo nos momentos de queda das bolsas. Isso é observado no alto volume de transações do ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF (UVXY), que replica o VIX, índice de volatilidade da bolsa de opções de Chicago (CBOE) com alavancagem de 1,5x, bem como no alto volume de negociações do ProShares UltraPro Short QQQ (SQQQ), que aposta na queda do índice da Nasdaq-100 com alavancagem de 3x, isso é, se o índice da Nasdaq cai -2%, o fundo sobe +6% e vice-versa.