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Volátil, dólar custa até R$3,98 para os turistas

Em abril, enquanto o dólar comercial subiu 5,53%, o dólar turismo teve variação ainda maior, de 6,52%

Dólar: valor médio cotado em quatro empresas da capital paulista para a moeda em espécie foi de R$3,69 (IcemanJ/Thinkstock)

Dólar: valor médio cotado em quatro empresas da capital paulista para a moeda em espécie foi de R$3,69 (IcemanJ/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 08h24.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 08h34.

A alta do dólar turismo nos últimos dias tem atrapalhado a vida de quem vai viajar para o exterior. Nos bancos e casas de câmbio de São Paulo, o preço da moeda para quem opta por levar o dinheiro em um cartão de viagem chegou a R$ 3,98 na quarta-feira, 25.

O valor médio cotado em quatro empresas da capital paulista para a moeda em espécie foi de R$ 3,69.

O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,486, uma alta de 0,45%. É o quinto dia de valorização da moeda frente ao real, um reflexo do temor de que os juros americanos subam mais rápido do que o previsto.

Com isso, há atração de recursos globais para os Estados Unidos, o que gera uma valorização da divisa americana. Analistas têm dito que a volatilidade do mercado de câmbio deve se manter até as eleições.

Em abril, enquanto o dólar comercial subiu 5,53%, o dólar turismo teve variação ainda maior, de 6,52%. Para Mathias Fischer, diretor de estratégia e inovação da startup Meu Câmbio, no cenário atual, de alta da moeda, uma dica para quem precisa comprar dólares é fracionar a compra em intervalos regulares.

"Se você vai fazer uma viagem e precisar de US$ 3 mil, é bom fazer compras de US$ 500 em intervalos regulares. Dessa maneira, você dilui os riscos de fazer um negócio ruim em um único dia e vai ter uma taxa média no final", aconselha. A Meu Câmbio reúne informações de várias corretoras.

É a mesma recomendação de Alexandre Fialho, diretor da corretora Cotação. Segundo ele, com a volatilidade do dólar, o fluxo de clientes que ligou para a casa de câmbio ou buscou informações no site subiu 50% nesta semana.

O administrador de empresas Marcelo Ambrosio viajou para Boston na última terça-feira, a turismo. Por sorte, segundo ele, decidiu comprar os dólares no início do mês de março, mais de um mês antes da viagem. "Fiquei aliviado quando vi a cotação do dólar nesta semana."

Para a gerente de recursos humanos Patricia Alvares Moreira, a situação foi oposta. Antes de viajar a trabalho para Nova Orleans, comprou pequena parte dos dólares de que iria necessitar. Já nos Estados Unidos, comprou nessa quarta-feira o restante do dinheiro necessário, por meio de um aplicativo de transferências bancárias. Ela conta que, em poucos dias, teve prejuízo de cerca de 2% do montante total que iria adquirir.

A comerciante Sandra Ferreira foi pega de surpresa com o aumento do dólar nos últimos dias. Com viagem marcada para os Estados Unidos no fim do próximo mês, ela esperava uma desvalorização da moeda com o cenário político que se desenhava antes da prisão do ex-presidente Lula. Ainda sem ter comprado os dólares, ela diz que vai aguardar até a hora da viagem para ver se os preços melhoram.

Diferença

O dólar comercial é utilizado por empresas, bancos e governos para operações no mercado de câmbio, como transferências financeiras, exportações, importações, entre outros.

Já o dólar turismo é utilizado para viagens, transações de turismo no exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. Ele é mais caro pois é calculado com base no dólar comercial mais os custos das casas de câmbio com questões logísticas, administrativas e com seguro em caso de roubo, uma vez que as transações com dólar turismo são feitas em "dinheiro vivo". As transações com dólar comercial são feitas de forma eletrônica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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