Carro novo: os argumentos certos são essenciais para escolher o veículo ideal
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 14h06.
Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 17h16.
Nem sempre. Aliás, o avanço tecnológico dos motores 1-litro até supera o de propulsores maiores. A adoção de turbo, injeção direta, taxas elevadas de compressão e componentes de alumínio e plástico são cada vez mais comuns na categoria.
Com isso, a manutenção desses propulsores exige maior atenção e frequência. Na linha Chevrolet, alguns modelos utilizam óleos sintéticos de baixíssima viscosidade (0W20). Esses fluidos custam até três vezes mais que os utilizados em motores de maior capacidade volumétrica.
Potência do motor é um dos chamarizes mais fortes das marcas para lhe convencer a escolher um carro. Se você roda bastante em rodovias, e em velocidade elevada (acima de 100 km/h), faz sentido.
Mas, para quem passa a maior parte do tempo em trânsito urbano, o ideal é prestar atenção ao torque (e a rotação em que a entrega de força se manifesta). Por isso um motor de 8V pode ser um bom negócio frente a um 16V.
Até faz sentido: motores menores consomem pouco. Mas não é bem assim: é necessário levar em conta o tipo de utilização. Quem dirige muito em rodovias pode obter consumo melhor com blocos maiores, 1.3, 1.5 e até 1.6, dependendo da tecnologia do propulsor.
Para seguir o tráfego ou compensar a falta de potência, o motorista pode acelerar mais do que deveria – e a prática acaba aumentando o consumo. Essa lógica também se aplica dentro da cidade, com o carro carregado. O condutor acaba pisando mais para compensar o peso ou quando se usa o ar-condicionado.
Essa é uma crença comum, mas não procede. É até comum que carros menores possam ter maior capacidade de carga – isso vale para modelos de marcas diferentes e categorias distintas.
SUVs, por exemplo, frequentemente têm porta-malas menores que o de peruas ou sedãs. Mesmo os três-volumes de uma mesma marca enganam: o porta-malas do Etios Sedan é maior que o do Corolla. City também ganha do Civic. Cobalt também se destaca frente ao Cruze. Hatches também podem surpreender, como o Renault Sandero. Com 342 litros é um dos mais espaçosos da categoria.
Esse engano se justifica pela lógica. Quanto maior, melhor, certo? Porém, no mundo dos carros não funciona dessa maneira. SUVs tendem a ser menos estáveis em alta velocidade e rolar demais nas curvas, o que acontece em menor intensidade em peruas, sedãs e hatches.
Também têm capacidade menor de frenagem, por conta da concepção da carroceria. Outra crença equivocada: oferecem mais segurança em caso de colisão. Em um teste promovido pelo Insurance Institute for Highway Safety (IIHS) com 13 SUVs apenas dois deles foram considerados seguros em todos os testes: batida frontal mediana, batida lateral, capotamento, batida traseira e batida frontal pequena (no canto do veículo).
O Honda CR-V teve resultado regular abaixo do aceitável no impacto frontal de canto, no qual 25% da área frontal do veículo colide com uma barreira rígida. Já o Hyundai Tucson e o Kia Sportage tiveram a pior avaliação (pobre) nesse mesmo crash.
Sem dúvida as rodas de liga são mais bonitas e valorizam a aparência do carro. Mas a limpeza dessas peças é mais complexa (são mais sensíveis a produtos químicos a base de ácidos, riscam com facilidade e têm balanceamento distinto). E, em caso de impactos, são mais suscetíveis a danos irreparáveis. Enquanto as peças feitas de aço amassam, com possibilidade de conserto, a liga leve trinca ou racha. Apesar de existir oficinas que oferecem o reparo, o serviço não é recomendado. Além disso, não necessariamente a liga leve pesa menos que equivalentes de aço. Por conta de reforços estruturais ou do nível de sofisticação do design, podem pesar mais que uma peça simples de ferro comum.
Um dos fatores que mais influencia o preço das apólices é a região em que o segurado mora e trabalha. Carros considerados populares podem ter o seguro até mais caros que o de modelos maiores ou de categorias superiores. O alto volume de vendas também incorre em índices de roubos e furtos mais altos e acabam estimulando um mercado paralelo de peças.
Já passou da hora de deixarmos esse papinho de lado. O ideal é escolher a cor pensando na sua própria preferência, não o que o próximo dono irá preferir. Não precisa exagerar: aquele Uno amarelo-marcador-de-texto terá preferência menor no futuro, claro. Mas um azul metálico vai bem também.
E um detalhe: preto sólido é uma cor difícil de manter em bom estado – e é difícil para manter limpo. Risca com facilidade e não é fácil para polir. Em caso de colisão, a tonalidade prata também não facilita a repintura. É uma das cores mais difíceis para equalizar o tom.