Economia prateada: nas próximas décadas, a fatia da população global acima dos 60 anos passará dos atuais 7% para 20% (VioNet/Thinkstock)
Redação Exame
Publicado em 4 de setembro de 2024 às 14h05.
Última atualização em 4 de setembro de 2024 às 14h41.
Golpes financeiros infelizmente acontecem e sabendo do problema, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta quarta-feira, 4, 10 orientações para se prevenir de diversos golpes financeiros que podem acontecer online e offline. Confira:
O golpista entra em contato com a vítima se passando por funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo e informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos.
Em seguida, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima e orienta que realize transferências alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.
Como evitar: O cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas. Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, ou ainda que o cliente realize transferências ou pagamentos alegando estornos de transações. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, e de outro telefone, deve entrar em contato com os canais oficiais de seu banco.
Uma pessoa entra em contato e se passa por um funcionário de instituição financeira ligando para a vítima e oferecendo empréstimos com condições vantajosas ou ainda uma portabilidade. Com o pretexto de garantir a oferta, pede ao consumidor que faça um depósito bancário referente a taxas de cadastro ou pede antecipação de alguma parcela para que possa liberar o dinheiro. Também solicita dados pessoais e financeiros do cliente.
Como evitar: Não existe nenhum empréstimo em que a pessoa precise fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de IOF, taxas falsas de cadastros ou antecipação de parcela. Desconfie de promessas de vantagens exageradas.
Enquanto a pessoa está fazendo uma transação financeira em um terminal de autotendimento eletrônico,alguém se aproxima e oferece ajuda. O objetivo é visualizar a senha e depois trocar o cartão verdadeiro por outro, quando a vítima não estiver prestando atenção.
Como evitar: Se precisar de ajuda ou tiver qualquer problema com o caixa eletrônico durante o expediente bancário, o cliente sempre deve procurar um funcionário identificado do banco e nunca aceitar ajuda de terceiros.
Depois de conseguir os dados pessoais e datas de aniversários, os golpistas entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar ou um presente de aniversário, e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente.
Nesse momento, eles entregam algo para a vítima, geralmente flores, cosméticos ou chocolate, e nesse momento, pedem o pagamento de taxa de entrega, que só pode ser paga com cartão e usam um aparelho com visor danificado que impossibilita a visualização do valor digitado na tela.
Como evitar: Nunca aceite presentes e brindes inesperados, sem saber quem realmente mandou. Não forneça dados pessoais em links enviados pela internet de supostas promoções e tenha muito cuidado ao preencher cadastros na internet. Não aceite realizar pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado, impedindo que você veja o valor real que está pagando. Jamais aceite tirar fotos ou selfies para receber brindes ou em qualquer outro pedido de desconhecidos.
Golpistas criam páginas falsas que simulam e-commerce, enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e investem na criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.
Como evitar: Sempre fique muito atento. O produto tem um preço médio no comércio de R$ 1.000,00, mas alguém está anunciando o mesmo item por R$ 300,00? Há fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes? A loja oferece poucas opções de pagamento? O e-commerce é recém-criado em rede social? Pode ser golpe. Tome muito cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dê preferência aos sites conhecidos para as compras.
O golpista descobre o número do celular e o nome da vítima de quem pretende clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações, tenta cadastrar esse WhatsApp em seu aparelho. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.
Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente de site de vendas ou de empresa que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, afirmando se tratar de uma atualização/protocolo, manutenção ou confirmação de cadastro.
Como evitar: Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.
O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing é por mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais.
Como evitar: Nunca clique em links recebidos por mensagens. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados. Na dúvida, fale com seu banco.
O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário de banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, o golpista, orienta cortar o cartão ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações financeiras.
Como evitar: Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa de clientes.
Golpistas que se passam de vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro.
Como evitar: Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa.
O contato é feito por telefone e do outro lado da linha está uma pessoa simula uma voz de choro, chama a vítima de pai ou mãe e diz que foi sequestrado. Com o nervosismo, a pessoa que é alvo do golpe acaba dando informações confidenciais. A partir daí, entra na ligação um criminoso anunciando o sequestro e exigindo um resgate imediato para que liberte o falso sequestrado.
Como evitar: Sempre desconfie deste tipo de ligação, porque a chance de ser um golpe é muito grande. Tenha calma e não tome atitudes precipitadas. Nunca fale o nome da pessoa que poderia ter sido sequestrada. Se possível, peça a alguém que está com você para ligar de um outro telefone para o familiar. O ideal é deixar combinado com família e amigos uma senha ou uma palavra-chave para situações reais de perigo.