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Vale a pena fazer um plano de previdência para o meu filho?

Especialista responde se compensa contratar um plano de previdência para o filho ou se é melhor optar por outro tipo de aplicação no atual cenário econômico


	Especialista responde se compensa contratar um plano de previdência para o filho ou se é melhor optar por outro tipo de aplicação
 (Jupiterimages/Thinkstock)

Especialista responde se compensa contratar um plano de previdência para o filho ou se é melhor optar por outro tipo de aplicação (Jupiterimages/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 16h03.

Dúvida do internauta: Tenho um filho de 18 anos e gostaria de contratar um plano de previdência privada com um aporte de 5 mil reais para ajudá-lo no futuro. No atual cenário econômico, gostaria de saber se esse investimento vale a pena ou se é melhor escolher outro tipo de aplicação?

Resposta de Fernando Meibak*

Os produtos de previdência são bons, mas desde que tenham custos competitivos e adequados para um plano de longo prazo.

O principal custo desses planos é a taxa de administração, que incide sobre todo o patrimônio aplicado no produto financeiro. Essa taxa é indicada em percentual ao ano e costuma oscilar entre 1% e 2%. Nesses planos também pode ser cobrada uma taxa de carregamento, que incide sobre cada aporte mensal e, em alguns casos, também no resgate dos valores.

Costumo recomendar planos de previdência que cobrem, no máximo, 1% ao ano de taxa de administração e isentem os investidores da taxa de carregamento.

Nesse caso, um produto que indico é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Esse tipo de plano tem alguns benefícios tributários, como o adiamento do pagamento de imposto até o limite de 12% da renda bruta, por exemplo. Ao escolher essa modalidade de investimento, é importante optar pelo regime regressivo do Imposto de Renda, que atinge a alíquota de 10% sobre o resgate ou renda dos recursos aplicados depois de dez anos.

Outra alternativa que recomendo a você é adquirir títulos do Tesouro Nacional indexados à inflação. Esses títulos rendem juros elevados atualmente, acima de 7% ao ano mais a inflação (IPCA), um rendimento que considero excelente. O ideal é que as aplicações sejam feitas todos os meses. Dessa forma, será possível construir uma carteira de títulos que refletirá essas taxas ao longo do tempo.

Os títulos Tesouro IPCA+ são os mais indicados para o seu propósito porque têm prazos de vencimentos longos, em 2024, 2035 e 2050. Como seu filho tem 18 anos e presumo que o seu objetivo seja de longo prazo, para ajudar seu filho a garantir a aposentadoria, você pode escolher títulos com o vencimento mais longo, em 2050.

Não vejo risco de perda dos recursos aplicados em títulos do Tesouro Nacional. Por princípio e definição esse investimento tem o menor risco de crédito da economia. Além disso, o programa permite que você venda de volta os títulos ao Tesouro a qualquer momento, pelas taxas que estiverem em vigor no mercado à época.

O melhor mecanismo para compra desses títulos é por meio do sistema conhecido como Tesouro Direto. No site do programa você poderá consultar o ranking de taxas cobradas por cada instituição financeira para a compra dos títulos.

Corretoras e distribuidoras costumam oferecer custos mais competitivos do que os bancos grandes. Dê preferência àquelas que tiverem custos menores, mas também uma boa plataforma de investimento. Nesta plataforma, você poderá fazer as aquisições mensais dos títulos via smartphones, tablets ou computadores e também consultar extratos.

Não se preocupe com o risco de quebra da instituição financeira, pois seus títulos estarão em seu nome no sistema de controle do Tesouro Direto, e não aplicado na corretora.

Veja o passo a passo para começar a investir no Tesouro Direto

* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

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