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Usa carro, Uber e Yellow? Serviço alerta sobre gastos com transporte

Guiabolso mostra que 44% dos usuários não sabem quanto gastam com transporte e consolida informações para facilitar controle

Mulher usando smartphone na rua: apps exigem atenção maior para evitar gastos em excesso (d3sign/Thinkstock)

Mulher usando smartphone na rua: apps exigem atenção maior para evitar gastos em excesso (d3sign/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 9 de maio de 2019 às 15h00.

Última atualização em 9 de maio de 2019 às 15h55.

São Paulo - Usar meios de transporte alternativos ao carro, como apps de motoristas e serviços de compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos, pode fazer com que muita gente perca o controle dos gastos. Segundo um levantamento do aplicativo Guiabolso, quatro em cada vez pessoas entrevistadas erram o quanto gastam com transporte por mês em tempos de revolução dos apps.

Para ajudar usuários dos serviços a acompanharem de perto as despesas, o Guiabolso passou a emitir alertas sobre quanto foi gasto com os apps e também com combustível no mês, além de mostrar se o valor está abaixo ou acima da média dos outros usuários.

A dica personalizada aparece na aba "Guia" do app de controle de gastos, para usuários que costumam utilizar os serviços com frequência. "As dicas têm como objetivo mostrar ao consumidor onde está gastando mais para que seja possível transferir esses gastos para serviços mais baratos ou diminuir a despesa", diz Julio Duram, diretor de tecnologia e produto do Guiabolso.

De acordo com a pesquisa feita pelo app, cada vez mais pessoas usam transportes compartilhados.

O número de usuários que usam apps de bicicleta, como Yellow, Grin e Bike Itaú, por exemplo, subiu de 0,1% em dezembro de 2017 para 0,9% em dezembro de 2018. Apesar de o porcentual ainda ser baixo, o crescimento foi de 10 vezes no período.

Já o número de usuários de apps de motoristas, como Uber, 99 e Cabify, subiu de 23,3% para 25,4%  — aumento de cerca de 5%. Enquanto isso, o número de pessoas que registram gastos em postos de combustíveis, como Shell, Ipiranga e Petrobras, caiu de 31% para 29%.

Segundo a pesquisa, o gasto médio mensal com serviços de bike compartilhada variam entre 12,40 reais a 21,50 reais por mês, enquanto com apps de motoristas esse valor sobe para 150 reais no mesmo período, em média. Quando se trata de combustíveis, o valor mensal médio é ainda maior: 229,26 reais.

A pesquisa do Guiabolso tem uma limitação: só consegue verificar os gastos que foram realizados com cartão de crédito. Pagamentos em dinheiro não entram na conta.

Mais complexidade

O diretor do Guiabolso ilustra com seu próprio caso como os gastos com transporte ficaram mais complexos com a chegada dos apps. Além disso, alerta que nem sempre podem representar economia.

Antes o executivo gastava 150 reais por semana com combustível e era fácil acompanhar a despesa. Nos dias de rodízio, pegava o carro da esposa ou trabalhava em casa. Agora, nos dias em que não pode utilizar seu carro, Duram prefere usar metrô e um app de bicicleta.

"Como o estacionamento já é pago pela empresa, eu acabo gastando mais. Juntando metrô e bike, pago cerca de 13 reais para ir e voltar ao trabalho. É mais do que pagaria com combustível em um trajeto de 9 quilômetros".

Daí a importância de acompanhar os gastos com os serviços para verificar o que é mais rápido e também mais barato, conta. "Essa conta vai depender, naturalmente, de cada caso".

Dependendo da situação, os apps de transporte alternativo podem significar economia. Duram dá um exemplo: para ir a uma reunião mais ou menos perto do trabalho, o patinete elétrico pode ser uma boa opção, tomando como base o gasto de 25 reais com patinete por dia.

"Caso a opção seja ir de carro, apenas o estacionamento pode custar 20 reais, sem contar o gasto com combustível e o estresse com o trânsito. Por outro lado, a opção tem seus riscos e não funciona para dias de chuva, por exemplo".

O fato de apps como Uber registrarem preço dinâmico também exige um acompanhamento maior para evitar surpresas, aconselha Duram. "Conheço muita gente que quando viu o quanto gastava de Uber por mês quase caiu da cadeira. Ainda mais se a pessoa costuma usar mais de uma forma de pagamento, como dinheiro e cartão de crédito, é fácil perder o controle".

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