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Títulos públicos têm a menor rentabilidade dos últimos 12 meses

Incertezas políticas e econômicas no ambiente externo impactaram no desempenho dos títulos em agosto

Títulos públicos: o cenário impactou negativamente o mercado de renda fixa, principalmente os títulos indexados à inflação (Foto/Thinkstock)

Títulos públicos: o cenário impactou negativamente o mercado de renda fixa, principalmente os títulos indexados à inflação (Foto/Thinkstock)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 15h05.

São Paulo – Os títulos públicos apresentarem o menor retorno dos últimos 12 meses. Em agosto, o IMA-Geral, índice que acompanha a variação média desses papéis, teve rentabilidade de 0,16%, o menor resultado apresentado em um ano. Os dados foram apresentados pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta terça-feira (10).

O desempenho dos títulos foi impactado pelo aumento da aversão ao risco de países emergentes que refletiram as incertezas políticas e econômicas no ambiente externo, a escalada da guerra comercial entre EUA e China, o aumento do temor de uma crise global, e as eleições presidenciais na Argentina combinada com a moratória da dívida interna.

Segundo a Anbima, o cenário impactou negativamente o mercado de renda fixa, principalmente os títulos indexados à inflação (como Tesouro IPCA+2024 e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035), que têm vencimentos mais longos e são mais sensíveis às incertezas de médio e longo prazo. Em agosto, o IMA-B5, índice que médio o retorno dos títulos públicos conhecidos como NTN-B, apresentou variação negativa, de 0,77%, o que não ocorria desde setembro de 2018, mês que antecedeu as eleições presidenciais no Brasil. O IMA-B5 apresentou rentabilidade de 0,05%, o menor ganho dos últimos 12 meses.

Nos títulos pré-fixados (LTN e NTN-F) de maior duration, o resultado ficou em linha com os títulos indexados à inflação O IRF-M1+ variou 0,1% no mês, o pior resultado desde agosto de 2018. Já os subíndices que refletem as expectativas de curto prazo, que estão ancoradas nos fundamentos econômicos e, portanto, apresentam maior previsibilidade, registraram a melhor performance. O IRF-M1 rentabilizou 0,55% no mês, e o IMA-S avançou 0,51%.

Os títulos corporativos não ficaram de fora desse movimento. O IDA-Geral (Índice de Debêntures Anbima) apresentou variação de 0,15% no mês, o menor resultado mensal em mais de um ano.

O IDA-IPCA Infraestrutura, que vinha com a melhor performance entre os subíndices, registrou retorno negativo de 0,53%, em consonância com a piora da percepção de risco pelos agentes econômicos. Já o IDA-DI avançou 0,51%, reflexo da sua menor exposição ao risco de mercado em relação aos demais ativos que compõem o IDA.

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