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Taxa de juros do rotativo do cartão cai para 422,5% ao ano

A queda em relação a março foi de 67,8 pontos percentuais

Cartões: março foi o último mês em que os consumidores puderam usar o rotativo sem tempo definido (alice-photo/Thinkstock)

Cartões: março foi o último mês em que os consumidores puderam usar o rotativo sem tempo definido (alice-photo/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de maio de 2017 às 14h45.

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito caiu em abril, quando ficou 422,5% ao ano, informou hoje (25) o Banco Central (BC). A queda em relação a março foi de 67,8 pontos percentuais.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Já a taxa do crédito parcelado subiu 3,1 pontos percentuais para 161,6% ao ano. No caso do crédito rotativo do cartão migrado para o parcelado, a taxa ficou em 151,2% ao ano.

Março foi o último mês em que os consumidores puderam usar o rotativo sem tempo definido. Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão de crédito, só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias.

A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores.

Cheque especial

A taxa de juros do cheque especial ficou em 328,3% ao ano, com aumento de 0,3 ponto percentual, e a taxa média de juros para as famílias caiu 4,6 ponto percentual para 68,1% ao ano, em abril.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias para pessoas físicas, ficou estável em 5,9%. No caso das pessoas jurídicas, a taxa ficou inalterada em 5,6%. Os dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o captado no mercado.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas caiu 0,6 ponto percentual para 9% ao ano.

A taxa cobrada das empresas caiu 0,7 ponto percentual para 11% ao ano. A inadimplência das famílias subiu 0,1 ponto percentual para 2,1% e das empresas, 0,2 ponto percentual para 2,2%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos ficou em R$ 3,071 trilhões, com queda de 0,2%, no mês. Em 12 meses, houve retração de 2,2%.

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