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Apenas 13,3% das residências no Brasil têm seguro

O estudo reforça o potencial de crescimento do setor de apólices de seguro no país


	Seguros residenciais: o estudo reforça o potencial de crescimento do setor de apólices de seguro no país
 (Bartłomiej Szewczyk/Thinkstock)

Seguros residenciais: o estudo reforça o potencial de crescimento do setor de apólices de seguro no país (Bartłomiej Szewczyk/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 15h05.

São Paulo - Estudo feito pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) divulgado nesta terça-feira, 01, mostra que apenas 13,3% de um total de 68 milhões de residências no Brasil possuem seguro.

O indicador, que representa um volume de 9,1 milhões de apólices que somam R$ 2,2 bilhões em faturamento (prêmios), reforça, segundo Neival Freitas, diretor executivo técnico da entidade, o potencial que este segmento tem para crescer no país.

O estudo, conforme ele, faz parte de uma ofensiva da Federação, que inclui levar mais informações ao mercado e aos consumidores, para impulsionar o crescimento do seguro residencial no Brasil que apesar de ter valor inferior ao de automóveis é menos contratado.

Para este ano, porém, ele prevê crescimento de apenas um dígito como reflexo da crise que o país atravessa.

"Estamos preparando o terreno. 2015 é um ano difícil, de crise. O ano que vem esperamos ter um crescimento mais significativo do seguro residencial e, dependendo do comportamento da economia, podemos alcançar expansão de dois dígitos", disse ele, em entrevista à reportagem.

A região que possui maior número de casas seguradas em relação à quantidade total de domicílios é, de acordo com a FenSeg, a região Sudeste.

O índice de penetração é de 20,5%, com 6,1 milhões de residências protegidas por uma apólice de um total de 30 milhões de moradias. Com isso, possui também a maior representatividade nacional, respondendo por 9,9% das casas seguradas no país.

No Sul, segunda região com mais residências protegidas em relação à quantidade total de domicílios, o índice de penetração chega a 16,6% com 1,7 milhão de casas protegidas por uma apólice.

Com isso, representa 2,5% da base nacional. Os números do Sul, segundo Freitas, tem razão cultural à medida que os índices de educação na região são mais elevados.

Outras regiões

Centro-Oeste tem penetração de 10,4%, sendo que os menores indicadores foram vistos nas regiões Norte e Nordeste. É de 3,07% e 3,46%, respectivamente.

Enquanto no Centro-Oeste há 557 mil apólices de seguros residenciais, no Norte há 155 mil e no Nordeste 632 mil. O total de domicílios nessas regiões é de 5 milhões nas duas primeiras (em cada) e 18 milhões na última.

O diretor da FenSeg explica que muitas vezes o consumidor não faz seguro para a sua casa por falta de informação.

Enquanto o custo de uma apólice para um veículo equivale, pelo menos, de 3% a 5% do valor do carro, para residência, é de 0,6% a 0,9% do preço do imóvel. Seu preço médio é de cerca de R$ 250,00.

Além disso, pesa o fato de o produto ter menos apelo que outras proteções como seguro saúde e previdência privada.

Na análise por Estado, conforme a FenSeg, São Paulo é destaque com mais de R$ 1 bilhão em faturamento de seguro residencial.

Além dele, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão entre os Estados com prêmios que ultrapassam a casa dos R$ 100 milhões. Na lanterna, estão Amapá, Acre e Roraima que, segundo a FenSeg, possuem pouco mais de R$ 1 milhão cada.

Para realizar o estudo, a FenSeg considerou números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados da Pnad e projeções para domicílios em 2014 e prêmios de seguros divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

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