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Seguro mais barato? Pesquisa mostra que preço do serviço caiu em agosto pelo quarto mês consecutivo

Confira o estudo completo que abrange as variações de preços de seguro por região, gênero e tipo de veículo

Seguro de carros: pesquisa mostra que preço está recuando (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Seguro de carros: pesquisa mostra que preço está recuando (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 21 de setembro de 2023 às 07h15.

Pelo quarto mês consecutivo, o preço de seguros de automóveis diminuiu no Brasil, é o que mostra um estudo da TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador.

A pesquisa divulgou os números de agosto de 2023 e apontou que o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) - índice criado pela TEx com o objetivo de acompanhar o preço do seguro de automóvel - apresentou uma queda de 1,7% em relação ao mês anterior, chegando ao valor de 5,9%. Na comparação com 12 meses, houve queda de 10,6%.

As quatro quedas sequenciais são inéditas e, de acordo com Emir Zanatto, CEO da TEx, podem indicar uma tendência de estabilidade da taxa no curto prazo, já que apesar da queda, a redução de 1,7% foi leve.

“O segundo trimestre de 2023 foi marcado por fortes variações mensais, primeiro com 6,1% de alta em abril, seguido por 5,7% e 6,1% de baixas em maio e junho, respectivamente, retornando ao patamar usual de flutuação nos últimos dois meses, o que indica uma maior convergência entre as seguradoras na precificação dos prêmios”, explica o executivo.

Distância entre os gêneros

Segundo o levantamento, a distância entre os gêneros aumentou no último mês, com homens pagando 14,8% a mais do que as mulheres nos preços de seguros. Contudo, para ambos os gêneros, o IPSA de agosto reduziu. No gênero masculino, o índice ficou em 6,2%, enquanto para o gênero feminino, ficou em 5,4%.

O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. Os dados de agosto mostram que homens solteiros pagaram, em média, 8,4% no seguro de automóvel, sendo 68% mais caro do que as mulheres casadas, que pagaram 5%. Já os homens casados pagaram, em média, 5,6%, sendo 16,4% mais barato do que as mulheres solteiras, que pagaram 6,7%

Seguro é mais caro em regiões consideradas de risco

Os dados regionais da pesquisa mostraram que, em agosto, a região metropolitana do Rio de Janeiro pagou 6,8% (do valor do seguro do carro). O número corresponde a aproximadamente 74,4% a mais comparado com a região metropolitana de Belém, por exemplo, que pagou 3,9% - o índice mais baixo das regiões comparadas.

Ainda olhando para o Rio de Janeiro, mas por região, a zona norte pagou 95,2% a mais que a zona sul. Já na capital paulista, a zona leste de São Paulo apresentou o maior índice de seguro de automóveis, com 8,3%, sendo 77% mais caro que o índice do Centro de São Paulo.

Em Belo Horizonte, os clientes pagaram, em agosto, 3,7% na zona sul e 5,6% na zona norte. Enquanto isso, Recife obteve a menor distância entre seus extremos, tendo a zona sudoeste pago 49% a mais que a zona noroeste, regiões quase que vizinhas geograficamente.

Carros mais cotados

O ranking dos carros mais cotados pelo Teleport, ferramenta utilizada pelas corretoras de seguros do país, mostra que o Chevrolet Onix se manteve na liderança com 6,4% do volume total, seguido novamente pelo Hyundai HB20 com 5% e o Nissan Kicks com 2,8%.

As características do veículo também influenciam o preço do seguro, como quilômetros rodados, idade do veículo e o tipo de propulsão ou o combustível do veículo, podendo ser híbridos, elétricos e à combustão.

Dentre os tipos, automóveis a gasolina e a diesel empataram nos índices, com o IPSA registrando alta de 4,3% em agosto de 2023, mas sendo 19% mais barato do que em agosto do ano passado.

Ao contrário do movimento geral do IPSA, os veículos de propulsões alternativas sofreram aumentos no último mês, tendo o índice de elétricos ultrapassado o de híbridos.

Participação obrigatória em eventos de colisão parcial

O estudo traz como novidade, para esta edição, a curva da participação obrigatória do segurado em eventos de colisão parcial (mais conhecida como franquia), dos últimos 13 meses. Como resultado, a curva de franquia desse período registrou um crescimento de aproximadamente 16% na taxa, no último ano, saindo de 4,4% para 5,1%.

Essa taxa refere-se a um percentual do valor do veículo, sendo uma forma da seguradora controlar seus custos e ao mesmo tempo fazer com que o segurado cuide do seu próprio bem.

“Atualmente, a maioria dos seguros contratados faz uso da franquia reduzida, uma alternativa em que o prêmio aumenta e a participação do segurado diminui, então, por isso, ela será nosso foco aqui”.

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