Passagens e teclado: proteção irá pagar até 200 dólares caso o preço da passagem suba no período de uma semana. (Bet_Noire/Thinkstock)
Marília Almeida
Publicado em 30 de setembro de 2017 às 07h00.
Última atualização em 30 de setembro de 2017 às 10h23.
São Paulo - Imagina se deparar com uma promoção de passagens aéreas para o destino das próximas férias, mas ainda não estar certo sobre se conseguirá viajar na data exata do voo? Ou precisar esperar o salário pingar na conta para concluir a compra, correndo o risco de os assentos se esgotarem? Frustrante, não é?
Pois em breve poderá ser possível "congelar" esse preço por até uma semana. Chamado de Farekeep e oferecido pela startup Flyr, o serviço se assemelha a um seguro e protege contra oscilações nos preços de bilhetes.
No Brasil, o serviço será comercializado pela empresa de tecnologia Amadeus, investidora da Flyr, e será vendido aos viajantes em agências de viagens online.
A empresa espera, em breve, anunciar os primeiros parceiros nacionais para a venda do produto aos consumidores. No exterior, é possível encontrar o Farekeep em sites como o comparador de preços de bilhetes Skyscanner e o que agrega informações sobre viagens TripAdvisor.
O Farekeep funciona da seguinte forma: se a agência de viagem oferecer a solução, o viajante vai poder contratar o serviço que bloqueia a tarifa na mesma tela de opções de voo.
Para se proteger de oscilações no preço da passagem, será necessário pagar uma taxa que varia entre 5 dólares e 25 dólares. O valor é definido no momento da contratação e é baseado em um algoritmo, que calcula qual a probabilidade de o preço oscilar durante o período do bloqueio. Se houver maior probabilidade, o valor a ser pago será, naturalmente, mais próximo da taxa máxima.
Caso o valor do bilhete aumente no período, o Farekeep irá pagar a diferença de preço até o teto de 200 dólares.
Se os assentos se esgotarem durante a semana na qual o serviço foi contratado, o viajante terá três alternativas: cancelar o seguro e ter o valor da compra de proteção de tarifa devolvido; migrar a proteção para outro voo no mesmo itinerário e nas mesmas datas (vendido pela mesma agência online) ou ter o reembolso do valor de até 200 dólares para permitir comprar um voo mais caro.
Fica a cargo da seguradora decidir quais voos vai cobrir, mas a cobertura é de aproximadamente 93% dos voos disponíveis nas agências online parceiras, segundo informações divulgadas pela Flyr.