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Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 20h14.
A Santander Asset Management passou a adotar critérios socioambientais para a montagem de suas carteiras de renda fixa e fundos multimercados no Brasil. O conceito será o mesmo utilizado desde 2001 para a montagem do Ethical, o primeiro fundo de ações do Brasil a privilegiar na alocação dos recursos as empresas que adotam práticas sustentáveis adequadas. Os mesmos critérios antes utilizados na compra de ações agora também passam a valer para alocações em títulos de dívida de empresas, como debêntures.
A gestora de recursos descarta que a decisão possa colocar em risco a rentabilidade dos produtos. "As nossas experiências com o fundo Ethical mostraram que as empresas que vão bem nos aspectos socioambientais também vão bem nos resultados financeiros", diz Luciane Ribeiro, diretora-executiva do Santander Asset Management.
Para compor sua carteira, a gestora de recursos do Santander vai aplicar nas empresas emissoras de títulos um questionário de 25 perguntas. São considerados itens como a existência ou não de uma estrutura dedicada à gestão socioambiental, a amplitude dos direitos dos acionistas minoritários e o desenvolvimento de programas de ecoeficiência.
Para estender esses critérios à carteira de renda fixa, o Santander vai aproveitar o conhecimento e o relacionamento adquirido com o fundo Ethical. Todas as empresas que já fazem parte da carteira desse fundo passaram por uma avaliação e receberam uma nota, que agora também será usada para a compra dos títulos de dívida. As organizações ainda sem avaliação é que serão submetidas ao questionário.
No caso das empresas que ficarem mal classificadas, a nota não será excludente. "Achamos que isso seria muito rigoroso e poderia prejudicar a rentabilidade das carteiras. O que vamos fazer é reavaliar o volume do papel adquirido", diz Luciane Ribeiro. Ou seja, as empresas que se saírem melhor no questionário receberão proporcionalmente mais dinheiro dos fundos, e vice-versa.