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Rival do Nubank lança pulseira que paga compras por aproximação

Produto já está disponível e custa R$ 49,90 para os clientes da Trigg. A intenção da fintech é agilizar e facilitar os pagamentos dos usuários do app

Pulseira da Trigg: Qualquer cliente da fintech pode solicitar (Trigg/Divulgação)

Pulseira da Trigg: Qualquer cliente da fintech pode solicitar (Trigg/Divulgação)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 18h09.

Última atualização em 19 de outubro de 2017 às 16h39.

São Paulo — Concorrente do Nubank, a fintech Trigg lançou nesta quarta-feira (18) uma pulseira que permite realizar compras por aproximação. A "band" de silicone elástico e à prova d'água é fruto de uma parceria com a Visa.

Lançada em março deste ano, a Trigg é uma empresa de tecnologia que atua no setor financeiro. Ela oferece um cartão de crédito cujas movimentações podem ser acompanhadas pelos usuários através de um aplicativo de smartphone, assim como o Nubank.

A diferença entre ambas as fintechs é que a Trigg cobra uma taxa de anuidade de 118,90 reais. Porém, diferente do aclamado cartão roxo da Nubank, o cartão da Trigg oferece cashback —basicamente, você ganha dinheiro, em forma de desconto nas suas faturas, conforme usa o cartão. Quanto mais você usa, maior é o desconto.

Com a nova pulseira, a Trigg pretende facilitar e agilizar a forma como os usuários fazem pagamentos. O produto já pode ser solicitado via app por todos os clientes da fintech e tem um custo único de 49,90 reais, que pode ser parcelado em duas vezes.

"Cada pulseira vem com um chip, que tem o mesmo número que o cartão de crédito tradicional do usuário. É como se ele tivesse dois cartões iguais e pudesse utilizar qualquer um deles a qualquer hora, com a mesma senha", explica Marcela Miranda, sócia e chefe de operações da Trigg.

Os gastos pagos através da pulseira são controlados via aplicativo da mesma forma que aqueles pagos com o plástico normal. A diferença é que eles estarão sinalizados com o símbolo da NFC (Near Field Communication), que é a tecnologia utilizada no produto.

"O cliente poderá bloquear e desbloquear o uso da 'band' através do aplicativo, assim como já faz com o cartão", afirma Marcela. "A pulseira foi pensada para um público que se identifica com um acessório que agiliza o momento das compras e que pode ser usado na prática de esportes, durante um mergulho na praia ou ao pagar a manicure, por exemplo."

Embora pulseiras que permitam realizar compras por aproximação não sejam uma novidade no mercado de meios de pagamento, chama atenção o fato de que a "band" da Trigg está diretamente ligada a um cartão de crédito, e não a um sistema pré-pago, como geralmente acontece com produtos semelhantes.

Desafio

Para Percival Jatobá, vice-presidente de produtos da Visa, o desafio do produto é convencer os lojistas a migrar os meios de pagamento oferecidos aos clientes para o sistema NFC. "Tem que partir deles. Nosso desafio é mostrar a quem está do outro lado do balcão que não há motivos para ter receio da nova tecnologia, que já é consolidada em outras partes do mundo, como na Austrália."

Atualmente, mais de 3 milhões de maquininhas de cartões de crédito já aceitam o pagamento com a tecnologia NFC. "Não acreditamos aqui na Visa que os cartões de crédito de plástico tradicionais vão acabar. Tem gente que usa eles e está satisfeita, funciona para eles. Mas sabemos que há um espaço enorme para as novas tecnologias, que são abraçadas principalmente pelos mais jovens."

Espera-se que até 2019, o valor global das transações sem contato feitas via cartões de pagamento —mobile e wearables— chegue a 1,3 trilhão de dólares, mais do que duplicando a estimativa de 590 bilhões de dólares em 2017, segundo a Juniper Research.

Segundo a Visa, 50 bilhões de máquinas (das mais variadas, de celulares a cafeteiras, por exemplo) deverão estar integradas aos meios de pagamento até 2050, movimentando 7,1 trilhões de dólares —quase 2 vezes o valor de pagamento movimentado pela Visa no mundo todo atualmente.

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