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Renda fixa começa a bater bolsa, melhor aplicação há 11 anos

Levantamento que analisa rentabilidade acumulada desde 2002 mostra que Ibovespa tem sido líder dos investimentos, mas está prestes a começar a perder para o CDI


	Bovespa: mesmo com desconto de imposto de IR, tanto bolsa quanto CDI ainda ganham com folga da poupança
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: mesmo com desconto de imposto de IR, tanto bolsa quanto CDI ainda ganham com folga da poupança (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 11h21.

São Paulo – Apesar das recentes perdas, a bolsa foi a melhor aplicação brasileira desde 2002, ganhando da renda fixa. No entanto, o mau momento por que passa a Bovespa e a alta taxa básica de juros fazem com que a situação esteja prestes a se reverter.

Segundo levantamento feito pela consultoria Economatica, desde o final de 2002 até 18 de março de 2014, quem tivesse aplicado 100 reais no Ibovespa hoje teria 409,60 reais.

Já quem tivesse aplicado a mesma quantia no CDI – taxa de juros que baliza as aplicações de renda fixa e se mantém próxima à taxa básica de juros, a Selic – teria hoje 396,50 reais.

Em terceiro lugar, entre as aplicações analisadas, ficou o ouro, seguido da caderneta de poupança. Quem tivesse aplicado 100 reais no metal em 2002 hoje teria 258,60 reais, e a mesma quantia aplicada na poupança hoje teria chegado a 234,70 reais.

O dólar e o euro tiveram queda no período. Quem tivesse aplicado 100 reais na moeda americana em 2002 hoje teria 66,60 reais. Já quem tivesse investido 100 reais na moeda europeia hoje teria 88,90 reais.

Os números do levantamento não levam em conta o desconto de eventuais taxas de administração e imposto de renda. Mas tanto as taxas quanto a tributação podem variar, de acordo com a forma como o investimento foi feito – se por meio de fundos ou de aplicações diretas.

No entanto, dependendo das taxas e da forma de tributação, o investidor em renda fixa já pode ter ganhado da bolsa no período analisado.

Se considerada apenas a tributação de 20% sobre ações e fundos de ações e de 15% sobre CDBs e fundos DI (que têm remuneração atrelada ao CDI), uma aplicação em renda variável que rendesse o mesmo que o Ibovespa no período já perderia por pouco, em remuneração líquida, para as aplicações em renda fixa. Isso se desconsiderado o efeito do come-cotas em fundos DI.

Veja no gráfico a seguir o desempenho das aplicações analisadas pela Economatica.

(Economatica)

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