Anbima: diretores afirmam que regulamentação de ETFs ativos devem entrar na agenda de 2026 (primeimages/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 12h19.
A indústria de Exchange Traded Funds (ETFs) pode ver uma mudança no final de 2026: a regulamentação de ETFs ativos, disse Julya Wellisch, diretora da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em coletiva de imprensa.
No exterior, os fundos de índice com gestão ativa têm ganhado espaço — um formato de investimento que ainda não é autorizado no Brasil. Por aqui, os ETFs passivos, aqueles que replicam algum índice, é o que são permitidos.
“Olhando para a experiência internacional, os ETFs podem ganhar uma rápida escala, acompanhados de uma maior educação financeira e incentivos regulatórios”, pontua Pedro Rudge, diretor da Anbima.
Os ETFs passivos têm como meta apenas replicar o desempenho de um índice, como o Ibovespa ou o S&P 500, mantendo uma carteira idêntica à do indicador e com custos de gestão mais baixos. Já os ETFs ativos contam com gestores que selecionam os produtos e fazem ajustes na carteira para tentar superar o retorno do índice de referência.
“O passivo é uma única estratégia. Já o ativo, a criatividade é o limite. Esperamos que com uma flexibilidade maior, esse mercado cresça e fique mais atrativo para o investidor”, disse Rugde.
Os ETFs passivos registram alta de 35% no patrimônio nos últimos 12 meses, de R$ 45,4 bilhões para R$ 61,3 bilhões entre outubro de 2024 e setembro de 2025. ETFs de renda variável se destacam, com 44,3 bilhões do total. A captação líquida acumulado até setembro de 2025 foi de R$ 2,6 bilhões.
No entanto, a classe representa apenas 0,6% da indústria — o que mostra que há espaço para crescer. Quando observado o número de fundos, setembro de 2025 somava 139, frente a 112 em outubro de 2024, um aumento de 24%. Já o número de contas subiu de 911.802 para 1.171.479, equivalente a um avanço de 28,5%.