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As ações sobem, sobem, sobem -- e ainda podem avançar mais em 2003

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

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Ainda vale a pena fazer como Savasini ou a bolsa já subiu tudo o que poderia subir em 2003? Os especialistas são unânimes em dizer que as ações ainda têm fôlego para uma nova escalada, apesar de poderem submeter o investidor a um ou outro solavanco até dezembro. "A renda variável ainda promete bons ganhos", diz Marco Antonio Fichtner, diretor da empresa de administração de recursos do Banco Votorantim, escolhido o melhor gestor de fundos multirriscos no Guia EXAME -- Os Melhores Fundos de Investimento de 2003.

Essa categoria exige que o gestor saiba escolher o investimento que ofereça melhor perspectiva de rentabilidade, optando entre dólar, ações e títulos de renda fixa. Nas últimas semanas, Fichtner e sua equipe têm sido muito ativos no mercado de ações. Duas razões justificam seu otimismo.

A primeira é o que Fichtner considera uma "mudança estratégica" no governo. "Todo mundo acha que o presidente Lula está apenas continuando a política austera do governo anterior, mas eu discordo", diz. "Para mim, o governo atual é muito mais compromissado com o crescimento econômico. Isso melhora o resultado das empresas e estimula o mercado de ações."

A segunda justificativa vem do exterior. Os investidores estrangeiros estão muito mais propensos a trazer dinheiro para o Brasil hoje do que estavam no início do ano. Em agosto, eles injetaram inéditos 994 milhões de reais na Bovespa, e o fluxo vem se mantendo positivo em setembro. Além de uma relativa estabilidade do dólar, a queda do risco-Brasil favorece a vinda do dinheiro. No fim de 2002, os investidores internacionais exigiam um prêmio de 14,4% ao ano para trocar um título do Tesouro americano por um papel brasileiro. No início de setembro, esse prêmio havia caído para a metade, menos de 7%. Mauro Bergstein, diretor da empresa de administração de recursos do banco suíço CS First Boston, avalia que o Índice Bovespa pode chegar a 18 000 pontos no fim do ano, numa perspectiva conservadora.

Há outros pontos favoráveis às ações. Segundo Dany Rappaport, sócio da empresa de administração de recursos independente Tática Asset Management, a queda de juro prevista para este ano deverá provocar uma migração de dinheiro das aplicações em renda fixa para as bolsas. Os juros, hoje em 22% ao ano, devem fechar 2003 perto de 18% anuais e continuar caindo em 2004. "A renda do brasileiro caiu 16,3% entre julho de 2002 e julho de 2003", diz Rappaport. "O Banco Central tem espaço para continuar reduzindo os juros durante o primeiro semestre de 2004 sem que haja risco de inflação." Mesmo que apenas uma fração dos recursos hoje aplicados em títulos públicos migre para as ações, será um movimento suficiente para sustentar uma boa alta.

Como aproveitar essa maré positiva no mercado? A maneira mais prática é escolher um fundo de ações, delegando a um administrador profissional a tarefa de decidir quais papéis comprar e quais vender (para escolher o fundo de ações mais adequado a seu perfil, consulte a ferramenta Guia de Fundos no Portal EXAME). Há dois grandes tipos de fundo, os passivos e os ativos. Os fundos passivos são os que buscam reproduzir o comportamento dos índices de ações, como o Ibovespa. Seu desempenho será muito parecido com a valorização da bolsa. Os fundos ativos não acompanham necessariamente um índice. Seus gestores escolhem as melhores ações de determinado setor, ou os papéis mais baratos, para oferecer ao investidor uma rentabilidade superior à dos índices de mercado.

Foi essa a escolha do consultor Savasini. "Tenho boa experiência no mercado de ações e já fiz até investimentos de curtíssimo prazo em opções", diz. "Mas agora prefiro aplicar em fundos." Além de poupar tempo, Savasini diz que essa maneira é mais eficaz. "Um gestor profissional não vai se envolver emocionalmente com o investimento e tomará melhores decisões."

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