Thiago Tourinho, sócio do QuintoAndar: "mercado imobiliário começou 2021 muito aquecido" (Divulgação/Divulgação)
Bianca Alvarenga
Publicado em 6 de março de 2021 às 07h04.
Última atualização em 8 de junho de 2021 às 11h14.
A piora nas condições da pandemia do coronavírus tem preocupado empresas de diversos setores, mas parece continuar não afetando o mercado imobiliário. Em plena pandemia do coronavírus, o ritmo acelerado de compra e locação de imóveis levou a startup QuintoAndar a planejar um 2021 ainda melhor que o ano passado.
A plataforma de locação e compra de imóveis comemorou a marca de 50 bilhões de reais em ativos imobiliários sob gestão. A cifra reforça a posição da empresa como líder no mercado de locação de imóveis residenciais no Brasil.
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"Esse é um marco que representa a recuperação do mercado em que atuamos. Após um impacto forte em março e abril do ano passado, em razão da pandemia, tivemos uma retomada nos meses seguintes, e agora já sentimos que 2021 começou muito aquecido", diz Thiago Tourinho, sócio e diretor do QuintoAndar, em entrevista à EXAME Invest.
A plataforma de imóveis chegou a postergar alguns planos em 2020, como a entrada na região Nordeste, mas agora voltou à plena forma. Além de estrear as operações de locação em Salvador e Recife, o QuintoAndar está chegando a novas cidades do interior paulista e na semana que vem deve começar a operar em Vitória, capital do Espírito Santo.
A inclusão de novas cidades no mapa da plataforma não foi a única mudança recente. Um dos mais importantes passos foi a proposta de troca do indexador dos contratos de alugueis.
Diante de uma alta de mais de 20% do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) em 2020, o QuintoAndar passou a permitir que inquilinos e locadores reajustassem as mensalidades com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu módicos 4,5% no ano passado.
O IPCA reflete de maneira mais realista o aumento do custo de vida do brasileiro e do eventual reajuste de salário. Já o IGP-M disparou por causa do impacto do dólar sobre os custos de matérias-primas no atacado.
A troca é válida tanto para os contratos renovados quanto para as novas locações. "De novembro até fevereiro, mais de 80% dos contratos foram renovados já com a substituição do IGP-M. Parte dos inquilinos migrou para o uso do IPCA e uma minoria acordou algum tipo de meio termo", conta Tourinho.
Embora a medida possa parecer prejudicial para os donos de imóveis em uma primeira vista, o objetivo principal é mitigar a rescisão de contratos e a vacância de imóveis na plataforma. "Nossos imóveis são locados em menos de um mês, em média, o que gera uma economia de condomínio e IPTU para os donos", explica o sócio do QuintoAndar.