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Quer investir para pagar os estudos do seu filho no futuro? Veja a melhor estratégia

Especialistas simularam carteiras de investimentos para pais que tenha o perfil moderado

Investimento: título Educa+ é pensado para pais pouparem dinheiro para os estudos dos filhos (jacoblund/Thinkstock)

Investimento: título Educa+ é pensado para pais pouparem dinheiro para os estudos dos filhos (jacoblund/Thinkstock)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de março de 2024 às 08h00.

Ter um filho requer um planejamento financeiro. No começo, os gastos com a criança se limitam mais a alimentação, saúde e higiene. Depois, os custos aumentam com educação e gastos específicos que demandam outras fases, como a adolescência. Mas é na época da faculdade que, dependendo da instituição, o orçamento familiar pode apertar.

Apesar de todos os momentos encherem os corações dos pais de alegria, se não houver uma preparação para cada etapa, a felicidade pode dar lugar à angústia financeira. Para isso não acontecer, especialistas dão dicas e sugestões de como seria uma carteira de investimento ideal para esse momento: pagar os estudos do filho no futuro.

Duas ideias de carteira de investimento

Genial Investimentos

Em uma situação em que o filho seja adolescente e os pais pretendem começar o investimento para os estudos, é considerado uma aplicação de médio prazo. Pensando em pais com o perfil moderado, ou seja, que aceitam tomar riscos, mas gostam de uma certa proteção, Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentos, sugere a seguinte divisão:

Segundo Wis, o Brasil hoje vive um momento de queda nos juros, o que pode soar estranho atrelar algo a uma taxa que irá cair. No entanto, ele cita que esse tipo de investimento protege a carteira, ao mesmo tempo que segue entregando rentabilidade. Afinal, ainda estamos falando de uma Selic alta. As últimas projeções do Boletim Focus, estimam uma taxa de juros de 9% para 2024, 8,50% para 2025, 2026 e 2027.

“A expectativa é que a taxa de juros caia, mas e se não cair? O Brasil é um país com muitas incertezas, então quando a gente precisa ser mais conservador, a gente coloca a maior parte em renda fixa pós fixada, mesmo tendo um cenário de queda de juros”, pontua.

No entanto, apesar do prazo do resgate parecer próximo, ainda é um investimento que tem cerca de dois, três anos para deixar aplicado. Sendo assim, ele também inclui outras duas modalidades. A primeira ainda dentro da renda fixa, que é o CDB atrelado ao IPCA+, o que também é uma boa estratégia de proteção, já que acompanha a inflação.

A outra é uma estratégia de renda variável. “Acreditamos que cabe renda variável aqui para incrementar um pouco essa rentabilidade.” Os fundos multimercado vão buscar uma rentabilidade acima do CDI, mas com uma volatilidade moderada.”

CM Capital

Nilson Marcelo, analista quantitativo da CM Capital, também trabalhou com um perfil moderado de investidor e sugeriu o seguinte investimento para a mesma situação.

O especialista explica que o Tesouro Direto Educa+ possibilita uma renda mensal para o financiamento da universidade ou outros objetivos educacionais que os filhos possam ter no futuro, garantindo ganhos acima da inflação para os recursos poupados.

“Você pode começar a investir a partir de aproximadamente R$ 30 por mês, o que facilita o planejamento da educação dos filhos mesmo para quem está começando agora. Diferentemente do Tesouro IPCA+, que se recebe todo o valor acumulado em uma única parcela, no Educa+ você garante uma renda mensal por 5 anos”, pontua o analista.

Já na parte de ações de crescimento, chamadas em inglês de growth stocks, Marcelo explica que são ações de empresas que se espera que cresçam a uma taxa acima da média do mercado. Essas empresas geralmente reinvestem a maior parte de seus lucros no negócio para expandir suas operações e aumentar seus ganhos.

Por conta disso, elas tendem a ter um potencial de crescimento mais alto do que empresas mais maduras ou estabelecidas. A exemplo, empresas de crescimento geralmente estão em setores ou indústrias que estão experimentando um rápido crescimento, como tecnologia, saúde ou empresas voltadas para o consumo.

“Essas empresas podem não pagar dividendos, já que preferem reinvestir seus lucros para expandir suas operações. Os BDR (brazilian depositary receipts) de Apple (AAPL34), Amazon (AMZN34), Microsoft (MSFT) e Google (GOGL34) são ótimas opções visando o futuro e podem ser comprados sem necessidade de se abrir uma conta no exterior”, finaliza.

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