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Quer financiar um imóvel? Quanto você precisa ganhar em 3 faixas de preço

Veja quanto é necessário ganhar e juntar de entrada para financiar imóveis de R$ 400 mil, R$ 750 mil e R$ 1 milhão, segundo cálculos da startup Melhortaxa para a EXAME Invest

Quem tem guardado 80 mil reais e uma renda familiar de 10.300 reais consegue dar entrada em um imóvel de 400 mil reais | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Quem tem guardado 80 mil reais e uma renda familiar de 10.300 reais consegue dar entrada em um imóvel de 400 mil reais | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 30 de setembro de 2021 às 07h00.

Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 10h29.

Os bancos aumentaram os juros de financiamento habitacional na esteira da alta na taxa básica, a Selic. A taxa média de juros praticada nessa modalidade de crédito passou de 7% ao ano em fevereiro para 8,15%, e a perspectiva é que haja novos reajustes, pois a Selic deve continuar a subir como forma de conter a inflação futura no país.

Para ajudar quem quer aproveitar a oportunidade para adquirir um imóvel antes que os juros subam ainda mais, a EXAME Invest pediu à startup Melhortaxa – que funciona como um comparador de crédito imobiliário – para calcular quanto é preciso dar de entrada para financiar imóveis em três faixas de preço: 400 mil reais, 750 mil reais e 1 milhão de reais.

A tabela mostra os valores das parcelas e a renda mínima familiar necessária, bem como o tempo médio para juntar o valor.

Um imóvel de 400 mil reais estará acessível para uma pessoa que já tenha guardado 80.000 reais (equivalente a 20% do valor do imóvel) para dar de entrada e possua renda familiar a partir de 10.300 reais. A parcela inicial ficará em torno de 3.100 reais. É recomendável que essa pessoa tenha uma reserva de emergência. Em fevereiro, quando a taxa Selic estava em 2% ao ano, era necessária uma renda familiar de 9.300 reais para financiar um imóvel de mesmo valor.

Veja abaixo os resultados da pesquisa:

Imóvel de R$ 400 mil

Entrada: R$ 80 mil

Valor financiado: R$ 320 mil

CET (Custo Efetivo Total ao Ano)Primeira ParcelaÚltima ParcelaRenda familiar necessária
8,99% R$         3.102,67 R$         957,07 R$    10.342,23

Imóvel de R$ 750 mil

Entrada: R$ 150 mil

Valor financiado: R$ 600 mil

CET (Custo Efetivo Total Ano)Primeira ParcelaÚltima ParcelaRenda familiar necessária
8,85% R$         5.795,63 R$      1.772,64 R$    19.318,77

Imóvel de R$ 1 milhão

Entrada: R$ 200 mil

Valor financiado: R$ 800 mil

CET (Custo Efetivo Total Ano)Primeira ParcelaÚltima ParcelaRenda familiar necessária
8,82% R$         7.719,18 R$      2.355,19 R$    25.730,58

No caso de um imóvel que vale 750 mil reais, a renda mínima necessária gira em torno de 19.300 reais. A primeira parcela do financiamento será de 5.700 reais.

Por fim, no caso de um imóvel de 1 milhão de reais, a família deve ganhar pelo menos 25.700 reais e pagar uma prestação mensal de aproximadamente 7.700 reais.

Todos os valores são estimados para financiamentos de 360 meses (30 anos) com juros de 8,15% ao ano mais TR (taxa referencial), que atualmente está zerada.

Tempo médio para juntar os valores

A Melhortaxa também montou simulações para quem não tem uma reserva de emergência e quer começar a juntar dinheiro para dar a entrada no financiamento. Independentemente do preço do imóvel, leva-se em média de dois a três anos para conseguir acumular a quantia que equivale a 20% de entrada sobre o valor do imóvel.

Uma das regras listadas por planejadores financeiros é poupar mensalmente o equivalente a 20% do salário ou mais, se possível. As opções de investimento variam conforme o perfil.

Para quem não tem dívidas, é recomendável poupar o 13º salário e o adicional de férias por dois anos consecutivos. Também é necessário colocar na ponta do lápis as despesas pessoais, como o aluguel da moradia atual.

E para quem já tem o valor da entrada? O conselho, nesse cenário, é não esperar demais, porque, além da alta esperada da Selic, que deve continuar a tornar o crédito imobiliário mais caro, a inflação de insumos para construção civil deve seguir aumentando o preço de casas e apartamentos.

 

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