Minhas Finanças

Quem só contribuiu uma vez pode perder pensão vitalícia

Proposta de minirreforma da Previdência Social prevê um prazo mínimo de 12 meses da última contribuição ao INSS para conceder direito à pensão

Proposta do governo ainda considera que se o viúvo ou viúva casar novamente perderá o direito à pensão (Bia Parreiras/EXAME)

Proposta do governo ainda considera que se o viúvo ou viúva casar novamente perderá o direito à pensão (Bia Parreiras/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 10h02.

Brasília - O governo federal quer acabar com a concessão de pensão vitalícia para família de trabalhador que fez apenas uma contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta de minirreforma da Previdência Social, que está sendo costurada pelos ministérios da Previdência e da Fazenda, prevê um prazo mínimo de 12 meses de contribuição ao INSS para que, no caso de óbito do trabalhador, a viúva e filhos tenham direito à pensão.

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o texto final ainda não foi fechado e várias sugestões ainda estão sendo analisadas. A ideia é tratar tanto de alternativa para o fim do fator previdenciário (criado para desestimular as aposentadorias precoces) quanto a alteração na concessão de pensão em um mesmo projeto, que deverá ser encaminhado até o final do ano ao Congresso.

"É preciso conter alguns gargalos e equívocos", disse, ressaltando a falta de regras para a liberação de pensão. Garibaldi destacou que em praticamente todas as propostas de alteração estão previstas a redução do valor do benefício dos atuais 100% para 70%. "Um dos problemas é que o valor é integral e para concessão não tem restrições."

Em um dos casos analisados, a diminuição do valor do benefício para 70% seria apenas às viúvas sem filhos menores de 21 anos. Além disso, está em debate a criação de um prazo para validade da pensão - que seria de 10 anos para viúvas e viúvos que tenham menos de 35 anos. Para o restante, o benefício continuaria vitalício.

A proposta estudada pelo governo ainda considera que se o viúvo ou viúva casar novamente perderá o direito à pensão.

"Os atuais pensionistas não serão atingidos pelas novas regras", frisou o ministro, destacando que em 2010 as despesas com pagamento de pensões atingiu a marca de R$ 70 bilhões.

No caso do fator previdenciário, os representantes das centrais sindicais e aposentados querem mudança porque entendem que o fim do fator, sem a criação de um instrumento alternativo, não será aceito pelo governo.

Criado em 1999, o fator contribuiu com uma economia de R$ 31 bilhões em 10 anos aos cofres públicos. A proposta apresentada por Garibaldi prevê a substituição do fator pelo estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria (63 anos para mulheres e 65 anos aos homens). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasFamíliaFundos de investimentoFundos de pensãoINSSPrevidência Social

Mais de Minhas Finanças

Receita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IR

Mutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidas

Black Fralda dará descontos de até 70% em produtos infantis e sorteio de R$ 500 em fraldas

Loteria dos EUA busca apostador que ganhou R$ 17 milhões e não buscou prêmio