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Quanto você ganha para alugar seu carro

Emprestar seu carro de vez em quando para outras pessoas alugarem pode ser uma forma de ganhar uma renda extra


	Aluguel de carro: emprestar seu veículo pode gerar renda extra
 (Thinkstock)

Aluguel de carro: emprestar seu veículo pode gerar renda extra (Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 09h17.

São Paulo - Emprestar seu carro de vez em quando para outras pessoas alugarem pode ser uma forma de ganhar uma renda extra. Com a febre da economia colaborativa, diversos sites conectam proprietários de veículos a motoristas interessados em alugar um carro para uma viagem, um final de semana ou um compromisso do dia a dia, e cobram uma taxa por isso.

Enquanto quem coloca o carro para alugar pode conseguir um bom dinheiro, o principal atrativo do serviço para o motorista que aluga é o preço, que pode ser mais barato do que o oferecido por locadoras tradicionais.

O veículo pode ser alugado por hora, por dia ou por semana, conforme a empresa. Cada proprietário é livre para cobrar quanto quiser, mas as plataformas sugerem um preço e os valores podem ser maiores na locação de veículos mais sofisticados.

EXAME.com realizou um levantamento de quanto você recebe, em média, ao colocar para alugar um carro popular em três plataformas diferentes.

A simulação foi baseada no aluguel durante três dias por semana, o tempo médio que cada locatário fica com o carro nas três empresas. Veja:

Empresa Preço médio da diária do aluguel de um carro popular Taxa de serviço cobrada do motorista Total recebido no mês ao alugar o carro durante três dias por semana
Pegcar* R$ 90 20% R$ 864
Fleety R$ 70 20% R$ 672
Parpe** R$ 60 20% R$ 576

*A Pegcar também cobra uma taxa de serviço de 10% sobre o valor da diária de motoristas que alugam o carro

** A Parpe também cobra de motoristas que alugam o carro uma taxa de seguro de cerca de 20 reais, conforme o veículo

Como funciona o serviço?

Apesar de algumas empresas trabalharem com aluguel do carro por hora, a maioria dos usuários contrata o carro por mais de um dia, para fazer uma viagem ou passar o final de semana, por exemplo.

Nas três plataformas, a transação do aluguel é 100% online e o cadastro de carros é gratuito. As empresas trabalham em parceria com seguradoras, que protegem motoristas locatários e proprietários e garante cobertura em caso de problemas mecânicos, acidente de trânsito ou roubo do carro, por exemplo.

Para aprovar cadastro de carros, as seguradoras fazem uma análise profunda para conferir se a documentação do veículo está em dia. Também verificam a carteira de motorista dos locatários e, na Fleety e na Parpe, analisam se há antecedentes criminais.

A combinação de onde e quando ocorrerá a entrega e a devolução do carro fica por conta do proprietário e do motorista locatário. Ambos precisam entregar o carro limpo e com o tanque com a quantidade de gasolina combinada, a mesma na entrega e na devolução do veículo, sob pena de serem obrigados a pagar taxas.

Se o motorista locatário for multado enquanto estiver com o carro alugado, ele é responsabilizado pelo pagamento da multa e a pontuação é transferida para sua CNH.

Quem são os usuários dessas plataformas?

“Estamos falando com gente mais nova, entre 25 e 35 anos, que não quer ter carro por opção de vida, mas que em situações específicas precisa de um”, explica Bruno Hacad, co-fundador do Pegcar, que opera em São Paulo e tem 250 carros disponíveis e 5.500 usuários cadastrados.

Essa geração também é o foco da plataforma Fleety, a primeira de compartilhamento de veículos na América Latina, hoje com 29 mil usuários e 3 mil carros disponíveis em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis.

“Queremos atender um público que entende a necessidade de racionalizar o uso de bens já existentes, e também pessoas que consomem um serviço mais barato por necessidade”, explica o CEO da Fleety, André Marim.

A possibilidade de ganhar uma renda extra também um grande chamariz. “Os brasileiros são apegados aos seus carros, mas cada vez mais os enxergam como apenas um objeto que os leva de um ponto ao outro e pode gerar renda”, aponta o CEO da Parpe, Guilherme Cury.

A plataforma tem 300 carros dospiníveis e 3 mil usuários cadastrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis. 

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