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Qual é o melhor investimento na faixa de 50 mil reais?

Internauta tem 60 mil reais e pergunta qual é a melhor aplicação para esta faixa de valor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 08h56.

Dúvida do internauta: Recebi uma rescisão de contrato de 60.000 reais, é interessante deixar na poupança? Vejo muitas reportagens sobre valores altos, de 200.000 reais, o que não é o meu caso. Não pretendo usar esse dinheiro em um prazo de três anos. Qual seria o destino mais rentável para valores mais baixos?

Resposta de Paulo Bittencourt*:

Você deve separar inicialmente parte dos 60.000 reais em uma reserva de curto prazo para uma eventual emergência e o restante para um investimento de prazo de maturação mais longo, digamos os três anos que você citou. O objetivo desta divisão é propiciar para os investimentos com potencial de retorno maior um horizonte mais longo de valorização e portanto menos sujeito a flutuações pontuais (volatilidade), que no curto prazo quase sempre estão presentes.

Para o curto prazo, os retornos são proporcionalmente menores mas devem garantir uma liquidez imediata, caso seja necessário haver um saque emergencial. Isto não quer dizer que os investimentos de longo prazo também não possam ser resgatados a qualquer tempo, mas pela natureza destes investimentos o retorno tende a ser bem superior à medida que o tempo passa. Em geral, a tributação sobre a rentabilidade decresce à menor alíquota após 24 meses de aplicação nos fundos de investimento e títulos de renda fixa (CDB, por exemplo).

Por hipótese, vamos destinar 10.000 reais para um fundo multimercado do tipo juros e moedas sem renda variável. Esta categoria de fundo mantém o lastro (maior parcela do patrimônio líquido) em títulos do Tesouro Nacional e o restante em operações de contratos futuros de taxa de juro e/ou de câmbio, sem atuar no mercado de renda variável. O objetivo do gestor deste tipo de fundo é superar o CDI ou um índice de preços (IPCA, por exemplo). Os multimercados com renda variável, porém, têm parte do patrimônio investido em ativos como ações e normalmente possuem alvo de rentabilidade superior, apesar da maior volatilidade.

Desta forma, os restantes 50.000 reais podem ser divididos entre um multimercado com renda variável (30.000 reais) e os demais 20.000 reais em um fundo de ações da classe Dividendos.

*Paulo Bittencourt é diretor da Apogeo Investimentos, empresa de investimentos voltada para pessoas físicas do grupo Vinci Partners, e tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.

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