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Procon-SP: juro do cheque especial está acima da Selic

As menores taxas são cobradas pela Caixa (6,75%) e pelo Banco do Brasil (7,65%), enquanto o Banco Safra tem a taxa mais alta (12,30%)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília – Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), realizada no dia 1º de abril, constatou que a taxa média do cheque especial continuava em 8,79% ao mês, desde dezembro de 2009, e a taxa média do empréstimo pessoal permanecia em 5,17% desde outubro.

Os números foram divulgados hoje (12) e mostram que as menores taxas do cheque especial são cobradas pela Caixa Econômica Federal (6,75%) e pelo Banco do Brasil (7,65%), enquanto a maioria dos dez bancos pesquisados se mantém na faixa de 8% a 9%. O Banco Safra tem a taxa mais alta, com juros de 12,30% ao mês.

Os bancos públicos também cobram taxas menos caras nos empréstimos pessoais: 4,39% na Caixa e 4,48% no BB. Dos bancos privados, a menor taxa (4,61% ao mês) é oferecida pelo Banco HSBC, enquanto os demais cobram acima de 5%, com destaque para o Itaú, que tem a taxa mais cara, de 5,86% ao mês.

O Procon-SP verificou que as taxas do cheque especial foram mantidas em relação a março e que a única alteração registrada foi no empréstimo pessoal. O Bradesco reduziu a taxa de 5,37% para 5,34% ao mês, voltando ao índice de fevereiro. A taxa média do empréstimo pessoal oscilou de 5,171% para 5,168%, mas, no arredondamento, ficou em 5,17%.

De acordo com os técnicos do Procon-SP, existe possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato. Por isso, para efeito de pesquisa, eles estipularam os contratos de 12 meses, uma vez que todos os bancos trabalham com esse prazo. Eles lembraram também que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independentemente do canal de contratação.

O Procon-SP destacou que os bancos continuam em posição de cautela, aguardando os próximos passos da política monetária, a serem definidos na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 27 e 28 deste mês, quando o colegiado de diretores do Banco Central define a taxa básica de juros, a Selic.

Há uma tendência de elevação da taxa para 9,25% ao ano, segundo estimativa da pesquisa Focus, realizada na última sexta-feira (9) e divulgada hoje pelo BC. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano. De acordo com os técnicos do Procon-SP, a simples perspectiva de alta da Selic tem impacto direto sobre as taxas futuras porque elevam o custo de captação dos bancos e determinam aumento também no crédito ao consumidor.

Os técnicos sugerem que o consumidor fique atento para a possibilidade de alta na taxa básica de juros, pois "a falta de planejamento, a impulsividade na hora de consumir e a facilidade de contratação levam, muitas vezes, o consumidor a solicitar um empréstimo sem necessidade, ou a assumir dívidas além de suas possibilidades de pagamento. É bom lembrar que o juro real brasileiro continua sendo o mais alto do mundo."

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