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Prefeitura desiste de "Bandeira 3" para táxis de São Paulo

A medida havia sido anunciada na semana passada, mas recebeu resistência da própria categoria, que teme o aumento da concorrência com aplicativos

Táxis: com a medida, taxistas poderiam cobrar tarifa 30% mais cara em saídas de shows e eventos (Wilsom Dias/Agência Brasil)

Táxis: com a medida, taxistas poderiam cobrar tarifa 30% mais cara em saídas de shows e eventos (Wilsom Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 19h35.

A gestão Bruno Covas (PSDB) desistiu de criar a "Bandeira 3" para os táxis de São Paulo. A medida havia sido anunciada na semana passada, mas recebeu resistência de parte da categoria. Nesta segunda-feira, 11, a Prefeitura recuou e informou que a portaria será revogada.

Pelo texto original, os taxistas poderiam aplicar a Bandeira 3 somente se pegassem o passageiro em bolsões específicos na saída de shows ou grandes eventos, previamente cadastrados no Departamento de Transportes Públicos (DTP). A tarifa seria opcional e a cobrança era 30% maior do que o valor da Bandeira 2.

Em nota, a Prefeitura afirmou que o fim da portaria será publicado na terça-feira, 12, no Diário Oficial do Município. "A revogação (...) se dá em razão da repercussão entre os taxistas, embora a demanda seja antiga e tenha sido debatida com representantes da categoria", diz o comunicado da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT).

Quando a nova tarifa foi anunciada, sindicatos de taxistas divergiram sobre a cobrança. Presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo (Sinditaxi), Natalício Bezerra Silva disse, na ocasião, que o grupo não havia sido consultado. "A categoria não quer essa tarifa. Não fomos consultados. Ela não atende aos nossos interesses."

Para Silva, a cobrança maior poderia estimular ainda mais os passageiros a usarem aplicativos. "Ela (a Bandeira 3) deve atender a outros interesses que não o do taxista - que quer cobrar uma tarifa justa que atenda os clientes da cidade."

Já para o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo, Antonio Matias, o Ceará, havia avaliado a medida como positiva. "O motorista fica esperando em bolsões na saída dos grandes eventos. Enquanto ficamos esperando, estamos perdendo a oportunidade de outras viagens", disse.

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