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Preços de imóveis têm perda real de 24% em 4 anos, diz Abecip

Queda é reflexo da forte crise por que passou o setor imobiliário brasileiro no período

Imóveis: apesar da baixa no período, queda de 0,60% em 2017 nos preços indica que o mercado começa a se recuperar (arsel/Divulgação)

Imóveis: apesar da baixa no período, queda de 0,60% em 2017 nos preços indica que o mercado começa a se recuperar (arsel/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 11h40.

Os preços dos imóveis caíram 2% de dezembro de 2014 a dezembro de 2017, segundo dados do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), calculado com base em dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Mas, se for descontada a inflação, a queda é muito maior, de 24,%, reflexo da forte crise por que passou o setor imobiliário brasileiro nos últimos quatro anos, afirma Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip. “Esses números mostram a crise gigantesca que o setor enfrentou”, diz. Segundo ele, a queda de 0,60% em 2017 nos preços indica que o mercado começa a apresentar uma recuperação. “No ano passado, começamos a ver um movimento sutil, um começo de reação dos preços”, diz.

Em algumas cidades, inclusive, já houve alta dos preços, como São Paulo, com 0,40%, Curitiba, com 0,77% e Salvador, com 0,24%. “Isso reforça nossa visão de que vamos ter alguma recuperação mais forte este ano”.

Os dados da Abecip mostram também variações de preços diferentes de acordo com o tipo de imóvel. No caso de São Paulo, as casas perderam mais valor, 5%, de 2014 até 2017, o que significa 26,2% de perda real. Já os apartamentos subiram 2,2%, o que significa queda real de 20.2% no período. O estudo da Abecip incluiu as regiões da cidade de São Paulo e mostrou que, nas regiões mais periféricas e mais pobres, os imóveis perderam mais valor. Caso do extremo da Zona Sul, onde as casas caíram 10% e os apartamentos, 10,5%, o que representa perdas reais de 29,5% e 30,2%, respectivamente. “Isso pode ser explicado porque a crise e o desemprego afetou mais a população dessas regiões”, explica Abreu Filho.

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