Minhas Finanças

Petrobras altera política de preços do gás de cozinha

Com a mudança, serão inclusos no valor do botijão de 13kg os custos de frete, transporte e riscos da operação

Gás: Petrobras alterou política de preços do produto (Pixabay/Reprodução)

Gás: Petrobras alterou política de preços do produto (Pixabay/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 19h30.

Última atualização em 5 de agosto de 2019 às 19h46.

Rio de Janeiro — A Petrobras informou nesta segunda-feira, 5, que os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, conhecido como gás de cozinha, passará a adotar como referência preço de paridade de importação, acrescido dos custos do frete marítimo, despesas internas de transporte, e uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação.

Com isso, os preços do gás de cozinha, comercializado em embalagens de até 13 kg, passa a ter um alinhamento maior com o GLP industrial e comercial, embalado em botijões maiores, explicou a empresa, em um fato relevante.

Com essas alterações, segundo a Petrobras, fica extinto o mecanismo de compensação previsto na política divulgada no início de 2018, na então gestão de Pedro Parente, que considerava a média móvel de cotações internacionais e de câmbio dos últimos 12 meses.

Na política anterior, os ajustes ocorriam a cada trimestre.

"Na nova política de preços de GLP os reajustes passam a ser realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise dos ambientes interno e externo", disse a Petrobras, em fato relevante publicado ao mercado nesta segunda-feira.

A revisão, que ocorre em meio a uma ampla reforma do setor de gás liderada pelo governo federal, em busca de mais investimentos e competitividade, também permitirá que o gás de cozinha passe a ter um alinhamento maior com o GLP industrial e comercial, embalado em botijões maiores, explicou a empresa.

A Petrobras pontuou, no entanto, que a política manteve atendimento à resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que, por uma questão social, determina que o insumo deve ser comercializado "a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades".

A mudança também ocorre enquanto a Petrobras busca de vender sua distribuidora de botijões de GLP Liquigás. Ofertas pela companhia devem ser recebidas neste mês, informou na semana passada o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

A petroleira, que detém 100% da Liquigás, abriu processo para se desfazer da companhia em abril. Antes, a Petrobras chegou a anunciar a venda da empresa para o Grupo Ultra, mas o negócio foi vetado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em fevereiro de 2018.

A mudança na política também ocorreu no mesmo dia em que a Petrobras realizou uma redução de 8,17% no preço do botijão de gás de cozinha, para 24,06 reais às distribuidoras, conforme informação divulgada na sexta-feira.

Já o preço médio do GLP industrial e comercial, vendido em embalagens de mais de 13 kg, teve redução de 13%, nesta segunda-feira.

Acompanhe tudo sobre:GásGLPPetrobras

Mais de Minhas Finanças

Nova portaria do INSS suspende por seis meses bloqueio de benefícios por falta de prova de vida

Governo anuncia cancelamento do Bolsa Família para 1.199 candidatos eleitos em 2024

Nota Fiscal Paulista libera R$ 39 milhões em crédito; veja como transferir o dinheiro

Mega-Sena concurso 2.816: aposta de Indaiatuba (SP) ganha prêmio de R$ 37,3 milhões