Poupança: rentabilidade anual da poupança cresceu pelo terceiro ano consecutivo (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 14h53.
Última atualização em 11 de janeiro de 2017 às 15h22.
Estudo feito pela Economática mostrou que, em 2016, as cadernetas de poupança renderam mais que a inflação estimada pelo IPCA, indicador oficial usado pelo Banco Central e cujo resultado de dezembro foi divulgado hoje.
Foi também o melhor resultado nominal para as cadernetas desde 2006, reflexo da alta dos juros nos últimos anos. Já o ouro, dólar e euro perdem para a inflação em 2016.
Segundo a Economática, a rentabilidade nominal da poupança no ano de 2016 é de 8,30%, percentual mais alto desde os 8,40% de 2016.
A rentabilidade anual da poupança cresceu pelo terceiro ano consecutivo, sendo o ano de 2013 o pior momento para o poupador desde 1999.
Mas a tendência agora, com a redução dos juros básicos Selic, é que o ganho da poupança diminua e fique mais perto dos 6,17% dos juros ao ano pagos pela aplicação além da Taxa Referencial (TR). A Selic menor, de 10,50% no fim do ano como estimam analistas, deve reduzir a TR.
Apesar do ganho, porém, a poupança ficou atrás de outras aplicações de renda fixa, como mostra o CDI do período, que corrige fundos de renda fixa, LCI e LCA e CDB, e que acumulou 7,25% acima da inflação em 2016.
Sugestão de leitura Empiricus: Como funciona o Tesouro Direto.
Considerando o ganho além da inflação, a poupança teve um ganho real de 1,9%, descontada a variação do IPCA no ano de 2016, de 6,29%. Isso significa que o poupador teve ganho de poder aquisitivo, além da alta média dos preços.
O resultado de 2016 é o melhor desde 2009, quando o poupador teve ganho de 2,63%. Já nos anos de 2015 e 2002, a poupança fez o poupador ter perda de poder aquisitivo.
A Economática lembra que o cálculo do ganho real não é a simples subtração entre o ganho nominal da poupança e a inflação do período. O cálculo leva em conta quanto a inflação teria de subir a mais para empatar com a aplicação.
O estudo incluiu também seis principais aplicações, Índice Bovespa, CDI, poupança, ouro, dólar e euro. Em 2016, a melhor opção foi o Ibovespa, que teve ganho real de 30,72% descontada a inflação. A renda fixa representada pelo CDI registra 7,25% acima da inflação e a poupança de 1,90%.
O pior resultado em 2016 com valores ajustados pela inflação é do euro, que no período perdeu 23,89% de poder aquisitivo, seguido pelo dólar médio calculado pelo Banco Central, a Ptax, de venda, com -21,47%, e o ouro, com -17,51%.
Essa matéria foi originalmente publicada no blog Arena do Pavini.