Invest

Porto Seguro expande seguro de carro por assinatura. Conheça

Bllu, que iniciou operação no Rio e em Minas Gerais, chega às regiões metropolitanas de mais cinco estados

Proteção é indicada para quem não consegue pagar por um seguro tradicional e usa pouco o carro Seguro pode ser até 20% mais barato do que a proteção completa (Porto Seguro/Divulgação)

Proteção é indicada para quem não consegue pagar por um seguro tradicional e usa pouco o carro Seguro pode ser até 20% mais barato do que a proteção completa (Porto Seguro/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 14h40.

Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 11h51.

A Porto Seguro (PSSA3) expandiu o Bllu, seu seguro por assinatura de veículos de passeio e picapes nacionais, para regiões metropolitanas de cinco estados. O anúncio foi feito pela seguradora à EXAME Invest.

Agora, além de estar presente no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, a proteção oferecida pela Azul, empresa do grupo, também será comercializada no Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. A perspectiva é que o produto seja oferecido em São Paulo até o primeiro trimestre de 2022.

A seguradora também ampliou a cobertura do produto, que foi lançado em março deste ano. Agora, o Bllu aceita veículos com valor de até 60.000 reais. Antes, o valor máximo segurado era de 50.000 reais.

Gilmar Pires, diretor executivo da Azul Seguros, explica que o produto tem como objetivo atender o mercado de veículos com até 25 anos de uso que não possuem seguro.

A proteção atende, por exemplo, quem fica a maior parte do tempo com o carro na garagem e não viaja muito. Pode também ser indicado para quem deseja contratar a proteção apenas para viajar nas férias. "Devemos lembrar que o seguro não auxilia apenas em caso de acidentes ou roubo, mas também panes. A comodidade e flexibilidade de usar a proteção apenas em períodos curtos pode ter um bom custo-benefício".

Como funciona o seguro de carro por assinatura?

A proteção funciona como um serviço de streaming, a exemplo da Netflix. Com periodicidade mensal, o seguro pode ser renovado a cada 30 dias.

Caso o cliente deseje cancelar o serviço no próximo mês, precisa manifestar previamente esse desejo. Não há taxas cobradas na saída. "Ou seja, quem está com o orçamento apertado pode cancelar a proteção e retomá-la quando puder arcar com os pagamentos", explica Pires.

O que o seguro cobre?

A cobertura do Bllu inclui proteção contra colisão, roubo e furto, incêndio e alagamento, danos corporais e materiais a terceiros de 20.000 reais e reparos para vidros, que é opcional.

É possível também contratar assistência 24h, com serviço de guincho para até 400 quilômetros, chaveiro e troca de pneu, além de voucher para usar em transporte por aplicativo durante o período em que o carro está no conserto.

Todos os clientes têm atendimento via WhatsApp e são atendidos em uma rede própria da proteção, concentrada em áreas nos quais reside o público-alvo do produto. No Rio, há oficinas na Baixada Fluminense, por exemplo.

Usuários do seguro por assinatura compartilham com os usuários de proteções tradicionais apenas a rede de 2.000 guinchos próprios do grupo. 

Como contratar a proteção e forma de pagamento

A proteção pode ser contratada online e o valor é pago mensalmente pelo cartão de crédito, mas sem comprometer o limite do plástico. O segurado pode parcelar a franquia em até dez vezes,

Afinal, o seguro por assinatura é mais barato do que o tradicional?

O preço da proteção mensal parte de 60 reais e pode chegar a 150 reais, dependendo dos serviços contratados.

Ou seja, o tíquete médio pago pela proteção pode ser similar ao de um seguro tradicional, mas opções mais econômicas tendem a ser mais baratas por conta da rede própria de oficinas da proteção e uso de peças de reposição. "Como o Bllu tem uma cadeia de custo mais barata ele chega a ser até 20% mais barato do que um seguro tradicional, comparando as mesmas regiões e modelos de carro", diz Pires.

Para quem deseja uma cobertura de responsabilidade civil maior do que 20.000 reais, assistência 24h que inclua mais serviços, carro reserva ilimitado ou quilometragem ilimitada, o executivo da Porto recomenda buscar um seguro tradicional.

Concorrência crescente

Com o seguro por assinatura, a Porto Seguro faz frente a uma concorrência não apenas entre seguradoras, mas também de insurtechs como a Pier e a Youse, que oferecem produtos no mesmo modelo que o do Bllu. Há também outro motivo: combater um mercado não regulado: as proteções oferecidas por associações.

"Hoje existem produtos mais baratos que são vendidos como seguros, mas não são. Reguladas pela Susep, as seguradoras são obrigadas a ter reservas para arcar com o pagamento das indenizações. Já nestes produtos o usuário não tem a garantia de que irá receber o dinheiro", diz Pires, diretor-executivo da Azul.

Segundo o relatório da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), sete em cada dez veículos brasileiros não possuem qualquer tipo de seguro ou cobertura.

"Acreditamos que entre 20% e 30% dos proprietários de veículos que não são segurados não têm seguro porque não têm acesso ao produto, não entendem como funciona a proteção ou não têm corretor que as indique. São eles que queremos atingir com o Bllu".

 

 

Acompanhe tudo sobre:EXAME-no-Instagramorcamento-pessoalplanejamento-financeiro-pessoalPorto Segurorenda-pessoalSeguradorasSeguros

Mais de Invest

Goldman Sachs rebaixa Azul de compra para neutro e vê incertezas na renegociação de dívida

IR 2024: Não estou no último lote de restituição. Caí na malha fina?

Ibovespa recua puxado por ações da Vale após minério de ferro tocar mínima em um ano

Mercados abrem a semana com pessimismo na Europa e China no radar