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Planos de saúde podem ficar mais caros este ano, diz instituto

A estimativa se baseia no indicador Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH), que deverá fechar 2016 com alta entre 18% a 20%

Saúde: o VCMH é um dos principais indicadores usados como referência para mensurar os custos dos planos de saúde (foto/Thinkstock)

Saúde: o VCMH é um dos principais indicadores usados como referência para mensurar os custos dos planos de saúde (foto/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de março de 2017 às 11h00.

Última atualização em 23 de março de 2017 às 11h01.

Uma projeção do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que os planos de saúde podem ter novamente uma forte elevação em seus preços este ano.

A estimativa se baseia no indicador Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH) que, segundo o instituto, deverá fechar 2016 com alta entre 18% a 20%.

O VCMH é um dos principais indicadores usados pelo mercado de saúde como referência para mensurar os custos dos planos médico-hospitalares individuais e familiares.

O cálculo utiliza os dados de uma amostra de cerca de 1,5 milhão de beneficiários de planos individuais de operadoras com abrangência nacional e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos.

O índice tem obtido resultados parecidos aos dos planos coletivos empresariais, os quais compõem o conjunto de referências usadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na definição do índice de reajuste das mensalidades dos planos individuais, que deve ser anunciado nos próximos meses.

O índice de reajuste máximo da ANS foi 13,57% em 2016; 13,55% em 2015; 9,65% em 2014; e 9,04% em 2013. "A gente não tem como dizer que o reajuste que a ANS vai calcular vai ser entre 18% e 20%, mas que a variação de custo percebida pelos planos de saúde foi, em 2016, entre 18% e 20 %, isso é verdade", disse o superintendente executivo do instituto, Luiz Augusto Carneiro.

Desde 2013, o VCMH registra fechamento anual superior a 15% ao ano. Nos seis primeiros meses de 2016, o indicador oscilou no patamar de 18% a 19,7% e não foi registrado, segundo o levantamento, nenhum sinal do mercado que aponte para a queda desses porcentuais.

De acordo com o superintendente do instituto, o patamar persistente e superior a 15% do VCMH nos últimos anos é preocupante e coloca em risco o sistema de saúde suplementar.

Carneiro diz que fatores estruturais da cadeia produtiva de saúde suplementar são as causas centrais que resultam no aumento do índice.

"A fonte pagadora vai chegar uma hora que não vai conseguir pagar mais. Apenas algumas grandes empresas vão conseguir contratar. Vai ficar cada vez mais caro. Ou as operadoras não vão conseguir repassar esses custo que elas estão percebendo para os seus planos e o plano pode ficar inviável", disse.

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar é uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover e realizar estudos que sirvam de embasamento para implementação de políticas e introdução de melhores práticas voltadas para a saúde suplementar.

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