Invest

Pix completa um ano e se aproxima do cartão de débito. Veja as novidades

Volume de transações do sistema de pagamentos e transferências instantâneas e gratuitas já ultrapassou o total com cartão pré-pago no país

Mais de 104 milhões de brasileiros já usaram o Pix, o que corresponde a 62% da população adulta (SOPA Images/Getty Images)

Mais de 104 milhões de brasileiros já usaram o Pix, o que corresponde a 62% da população adulta (SOPA Images/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 16 de novembro de 2021 às 15h58.

Última atualização em 16 de novembro de 2021 às 19h25.

O Pix completa um ano de funcionamento nesta terça-feira, 16, com resultados acima das expectativas. Após três meses de funcionamento, o sistema de pagamento instantâneos do Banco Central (BC) superou a quantidade de TEDs e DOCs feitos no país, únicas opções de transferências existentes até então.

Depois de cinco meses de operação, o sistema gratuito de transferências ultrapassou a quantidade de TEDs, DOCs, boletos e cheques emitidos no país. Até que, no mês passado, atingiu 1,2 bilhão de transações.

É o que mostrou o diretor do BC João Manoel Pinho de Mello em evento realizado pela ABFintechs nesta terça. "O volume de transações do Pix já ultrapassou as do cartão pré-pago e já chega perto das transações feitas com cartão de débito no país."

Já são 348,1 milhões de chaves Pix cadastradas, e o volume não para de crescer com o tempo. Mais de 104 milhões de brasileiros já usaram o Pix, o que corresponde a 62% da população adulta, comentou o diretor do BC.

"O Pix cresce em todas as faixas de renda, mas cresce 2,5 vezes mais na baixa renda. Do total de transações, 25% são de até 15 reais, e 60% abaixo de 100 reais. No cartão de crédito, a transação típica é de em média 130 reais."

Entre as empresas, 7 milhões já receberam ou fizeram Pix, número que representa quase 55% das empresas que têm relacionamento com o sistema financeiro nacional. "Do total de transações, 16% já são pagas por empresas".

Em seu primeiro ano de vida, o sistema de pagamentos instantâneos já superou a adoção do sistema no Chile, que realiza nove transações por habitante. No Brasil, já são mais de 30 transações por habitante.

Em números absolutos, apenas dois países usam mais transações instantâneas do que o Brasil: Dinamarca e Suécia, dois escandinavos que já adotaram o sistema há cinco e sete anos, respectivamente.

1 ano do Pix

1 ano do Pix (Banco Central/Reprodução)

Aumento da competição

Uma das premissas do sistema de pagamento instantâneo era aumentar a competição entre bancos e fintechs. Após um ano em operação, é possível verificar que o pagamento instantâneo tornou o sistema financeiro mais diverso, apesar de ainda estar longe de tirar o pódio dos bancos.

Quando se olha a quantidade de transações, enquanto os bancos detêm 68,1% do total de operações nos cartões pré-pago e de débito, no Pix essa participação é reduzida para 61,4%. Já quando se analisa o volume financeiro, enquanto os bancos detêm 87% do valor total das operações nos cartões pré-pago e de débito, ela é reduzida para 75,7% no Pix.

1 ano de funcionamento do Pix

1 ano de funcionamento do Pix (Banco Central/Reprodução)

"O mercado é mais fragmentado e menos concentrado no Pix. E isso auxilia a competição porque, quando o usuário utiliza o Pix no app da fintech, tem a possibilidade de adquirir mais produtos, como crédito", diz Pinho de Mello, do BC.

Desde o lançamento do sistema, mais de 87 instituições financeiras, entre bancos, fintechs e cooperativas de crédito, já adotaram o Pix. De saída, 762 instituições financeiras aderiram ao pagamento instantâneo.

"Ou seja, quase a totalidade de contas transacionais no país já aderiu ao sistema. Em outros sistemas pelo mundo, o usuário precisa ser cliente da mesma plataforma para fazer um Pix. No Brasil, não. Isso torna o sistema muito competitivo", diz Manoel, do BC.

Novidades

Manoel lembrou que, ao longo do primeiro ano do sistema de pagamento instantâneo, já foram implantadas melhorias e novas funcionalidades, como:

Mas diversas funcionalidades ainda estão previstas no cronograma de implantação do sistema, como:

  • Iniciação de pagamento por Pix: essa funcionalidade dará ao usuário a possibilidade de completar o pagamento na própria loja, dispensando a entrada no app do banco e mesmo sem estar conectado à internet. Deve entrar em funcionamento até o final deste ano.
  • Débito automático: está previsto para entrar em operação até o segundo trimestre de 2022.
  • Pix internacional: a funcionalidade que será disponível para compras no exterior realizadas pelo varejo. Ainda sem previsão de implantação.

Já imaginou ter acesso a todos os materiais gratuitos da EXAME para investimentos, educação e desenvolvimento pessoal? Agora você pode: confira nossa página de conteúdos gratuitos para baixar.

yt thumbnail

 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCartões de créditoCartões pré-pagoscartoes-de-debitomeios-de-pagamentoPIX

Mais de Invest

Receita abre nesta sexta-feira consulta ao lote residual de restituição do IR

O que é circuit breaker? Entenda e relembre as ‘paradas’ da bolsa brasileira

15 ideias de fazer renda extra pela Internet

Mutirão de negociação: consumidores endividados têm até dia 30 para renegociar dívidas