Simulação considerou voos para o mês de julho, época de alta temporada (BH Airport/Reprodução)
Marília Almeida
Publicado em 25 de maio de 2021 às 17h44.
Última atualização em 25 de maio de 2021 às 18h55.
O Viajala fez um estudo comparativo entre os preços de passagens aéreas praticados pela ITA, lançada na sexta-feira, 21, em algumas rotas lançadas pela empresa e os preços praticados pelas outras companhias nacionais - Azul, Gol e Latam - nas mesmas datas.
O resultado foram preços médios de 29% a 65% mais baixos do que concorrentes em trechos como o de Belo Horizonte a Porto Seguro, nos quais a companhia vende bilhetes por cerca de R$ 452.
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No trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro, o preço médio cobrado pela companhia é de R$ 212. O valor fica de 20% a 30% mais baixo que a média de preço das companhias GOL e LATAM.
O levantamento levou em conta a opção mais barata apresentada por cada companhia e a média dos preços praticados durante todo o mês de julho, considerado de alta temporada.
O estudo foi realizado por trecho (ou seja, em voos só de ida) no dia 24 de maio e desconsiderou os preços praticados por agências de viagem, focando apenas nas companhias aéreas.
As rotas analisadas foram Belo Horizonte - Porto Seguro; Porto Alegre - Guarulhos (SP); Guarulhos (SP) - Galeão (RJ); Brasília - Guarulhos (SP) e Guarulhos (SP) - Curitiba.
Veja abaixo os resultados do levantamento feito pelo Viajala:
Belo Horizonte - Porto Seguro:
Preço mais baixo encontrado: GOL, R$360, 20% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$ 452, de 29% a 65% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas
Porto Alegre - Guarulhos (SP)
Preço mais baixo encontrado: GOL, R$165, 24% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$217, de 27% a 35% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas
Guarulhos (SP) - Galeão (RJ)
Preço mais baixo encontrado: ITA, R$212, de 9% a 14% mais baixo que o menor valor praticado pelas companhias GOL e LATAM (a Azul não opera essa rota)
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$212, de 20% a 30% mais baixa que a média de preço das companhias GOL e LATAM
Brasília - Guarulhos (SP)
Preço mais baixo encontrado: LATAM, R$164, 37% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: LATAM, R$178, 32% mais baixa que a média de preço encontrada na companhia aérea ITA para a rota
Guarulhos (SP) - Curitiba
Preço mais baixo encontrado: GOL e LATAM, R$127, 21% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$162, de 26% a 42% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas
A ITA está praticando, por enquanto, o mesmo preço em todos os dias do mês de julho nas rotas que analisamos", explicou Chevallier. "Sendo assim, é mais difícil que ela apresente o preço absoluto mais baixo, já que ele não flutua, mas a estabilidade garante uma média menor de preços.
A empresa adiou seu voo inaugural de março para junho deste ano. Em fevereiro, a ITA recebeu seu primeiro avião, um A320 que pertencia à espanhola Vueling, e anunciou 9 destinos: São Paulo, Belo Horizonte e Brasília serão os hubs (bases de operação), e a empresa também voará para outros destinos nacionais, como Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Vitória e Rio de Janeiro.
Outra companhia aérea nacional, a low cost Nella Airlines, focada no mercado regional e com forte presença no Nordeste, também deve voar ainda este ano. A proposta da empresa é reduzir em até 40% os preços das passagens compradas de última hora.
Desde a quebra da Avianca, no primeiro semestre de 2019, a competitividade em várias rotas caiu consideravelmente, aumentando os preços médios das passagens.
Na ocasião, o Viajala fez um levantamento sobre o aumento do preço das passagens aéreas, analisando uma amostragem de 100 mil buscas em 100 rotas nacionais. A conclusão foi de que 85% das rotas apresentaram aumento de preço médio assim que a quebra da Avianca foi anunciada. As passagens nas rotas analisadas ficaram de 11% a 218% mais caras. Em 22% dos casos, o aumento foi de mais de 100% no valor praticado.
Enquanto outros países têm mais companhias aéreas nacionais — a Colômbia, por exemplo, têm sete, inclusive low costs — o Brasil tinha, até o momento, apenas três em operação.