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Parcelar o rotativo custa, em média, 8,6% ao mês

Financiamento do crédito rotativo após 30 dias tem taxa semelhante ao do parcelamento da fatura do cartão de crédito. Mas juros ainda são altos.

Cartões: o importante é quitar a dívida o quanto antes (creisinger/Thinkstock)

Cartões: o importante é quitar a dívida o quanto antes (creisinger/Thinkstock)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 14 de julho de 2017 às 16h39.

Última atualização em 14 de julho de 2017 às 16h41.

São Paulo - A taxa média de juros do parcelamento do crédito rotativo foi de 8,6% ao mês – ou 170,9% ao ano – em junho, segundo levantamento da Abecs, associação que representa o setor de cartões, com base em informações dos seis principais bancos do país. No mês anterior, a taxa praticada havia sido de 8,8% ao mês (174,9% ao ano).

O parcelamento do crédito rotativo foi criado pelos bancos após as novas regras para o crédito entrarem em vigor em abril. Por determinação do Banco Central, quem optar por pagar o valor mínimo da fatura do cartão de crédito só poderá ficar na modalidade por um mês: depois, terá de ser redirecionado pelo banco para outra forma de empréstimo.

Isso porque os juros do crédito rotativo eram muito altos, chegavam a 15% ao mês, e provocava um rápido descontrole sobre as finanças do devedor. Não à toa, a inadimplência de consumidores no crédito rotativo chegava a quase 40%, segundo dados do Banco Central.

Os principais emissores de cartão passaram a disponibilizar a opção de parcelamento da dívida do rotativo na própria fatura, permitindo ao consumidor financiar o saldo em aberto com juros menores e prestações fixas.

O custo da nova modalidade está, portanto, abaixo da taxa média cobrada no crédito rotativo, que caiu de 10,7% ao mês (237,1% ao ano), em maio, para 10,4% ao mês (227,2% ao ano), em junho.

Ricardo Vieira, diretor executivo da Abecs, afirma que o consumidor deixa de pagar 15% para pagar 8,8% ao ano é uma conquista. "Como as parcelas são fixas, a tendência é que a nova linha contribua para reduzir o índice de inadimplência dos consumidores, hoje de cerca de 7%".

As taxas do parcelamento do rotativo ficam um pouco acima da taxa de parcelamento da fatura do cartão por conta de seu maior risco, já que o consumidor já entrou no rotativo e mostrou maior descontrole financeiro. "Hoje a taxa de parcelamento da fatura do cartão é de cerca de 7,5% ao mês", diz Vieira.

Solução exige cautela

Ainda que os juros pagos pelos consumidores sejam reduzidos na migração do crédito rotativo para o parcelamento do rotativo, eles ainda são bem altos em comparação a outros tipos de empréstimos.

No consignado, ela é, em média, de até 3,32% ao mês e, no crédito pessoal, de até 5,09% nos principais bancos, de acordo com dados do Banco Central.

Portanto, o ideal é buscar outras modalidades de crédito ou quitar a dívida o quanto antes. Veja cinco opções de empréstimos com taxas menores.

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