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Ouro e dólar lideram aplicações em novembro

O Ibovespa, que havia se destacado em outubro, registrou a maior queda entre as aplicações

Ouro lidera ranking das aplicações em novembro (Bruno Vincent/Getty Images)

Ouro lidera ranking das aplicações em novembro (Bruno Vincent/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 15h12.

São Paulo – O ouro e dólar figuraram entre as aplicações mais rentáveis em novembro. O metal, que havia registrado queda de 5,01% em outubro, encerrou o mês com alta de 8,77%, até o dia 29. Já a moeda americana terminou o período com uma valorização de 8,57%. Em outubro, o dólar comercial havia sido a pior aplicação do mês, com queda superior a 10%. Confira na tabela abaixo.

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Aplicação

Rentabilidade

(até 29/11)

Ibovespa -7,07%
*Fundos de Ações Livres -4,18%
*Fundos de ações Ibovespa Ativo -4,18%
*Fundos de Ações -Small Caps -5,30%
*Fundos de Ações - Dividendos -2,37%
*ETFs -4,39%
*Fundos de renda fixa 0,77%
*Fundos referenciado DI 0,71%
*Fundos multimercados multiestratégia 1,07%
*Fundos de capital protegido -0,37%
Ouro (BM&F) 8,77%
Dólar Comercial 8,57%
**Poupança 0,56%
CDI 0,86%
Selic 0,86%
IGP-M 0,50%
Banco Central e Anbima  
*Os dados de fundos levam em consideração os resultados obtidos somente até o dia 24/11  
**Os dados da poupança estão atualizados até o dia 28/11  

Parte da alta do ouro se explica pela valorização do próprio dólar. A cotação do metal na BM&F é convertida de dólares para reais. “Mesmo que o preço do ouro não mude no mercado internacional, ele tem alguma oscilação no mercado brasileiro por conta do câmbio”, explica André Nunes, diretor da Reserva Metais.

A valorização do ouro ainda é um pouco acima da oscilação do dólar em novembro justamente pela alta que ocorreu também no mercado internacional. No acumulado do ano, o ouro soma uma valorização de 24%, o que faz Nunes apostar que a aplicação deve terminar o ano com o maior rendimento entre as opções de investimento.

Nunes explica que a participação do investidor pessoa física em ouro vem aumentando, pois o metal tem sido visto como uma boa opção para diversificar. “Em geral, as aplicações são feitas com sobra de caixa de investimentos e correspondem entre 5% e 10% da carteira dos investidores”, afirma. Na empresa, é possível comprar a partir de 5 gramas, o equivalente a cerca de 500 reais na cotação atual.

Em relação ao dólar, os problemas nos países europeus fizeram com que o mercado apostasse na alta da moeda. “Em alguns momentos, tivemos compradores fazendo hedge. Além disso, muitas empresas também enviaram dinheiro para seus negócios fora do Brasil”, afirma José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença. Ele lembra que a última semana do mês já começou diferente, com diversas notícias puxando o dólar para baixo. Essa volatilidade deve continuar presente no desempenho da moeda americana, mas a aposta de Amado é que o dólar oscile dentro do patamar entre 1,80 real e 1,90 real.


Bolsa reverte alta de outubro

O Ibovespa, que havia sido a melhor aplicação de outubro, figurou como o pior investimento em novembro. O principal índice da bolsa, que havia subido 11,4% em outubro, caiu 7,07% em novembro, até o dia 29. “A alta em outubro foi um pouco exagerada”, afirma João Piccioni, gestor da Petra Asset. Para ele, a valorização do mês passado foi muito baseada em expectativas que não se confirmaram para a economia da Europa. Esse movimento acabou sendo corrigido em novembro.

O desempenho da bolsa brasileira ainda está muito ligado ao desenrolar da crise na Europa. A expectativa de Piccioni é que a bolsa não tenha fortes altas, a não ser em momentos muito pontuais de “espasmos”. Até o final do ano, porém, o desempenho pode melhorar um pouco. “As expectativas da economia devem se alinhar com os preços dos ativos das empresas”, afirma Piccioni.

Como prever o desempenho do Ibovespa é missão quase impossível e a instabilidade ainda ronda o mercado, para os investidores que quiserem aplicar na bolsa, Piccioni sugere manter o foco em papéis pagadores de dividendos ou de empresas ligadas ao consumo e economia interna, que estão menos sujeitas ao desempenho negativo dos mercados europeus e americano.


Fundos de investimentos

Acompanhado a queda das ações da bolsa, os fundos de investimento com papéis de empresas como principal ativo também registraram perdas. As principais quedas foram registradas nos ETFs, fundos que replicam a composição de um índice. O prejuízo foi de 4,39% até o último dia 24. O principal deles, que busca repetir o desempenho do Ibovespa, caiu 5,38% no período. Em seguida, no ranking dos fundos, os de Ações Livre e Ibovespa Ativo caíram 4,18% cada um até o dia 24 de novembro.

Entre as altas, destaque para fundos multimercado multiestratégia, que subiram 1,07%, fundos de renda fixa, com alta de 0,77%, e fundos referenciado DI, com alta de 0,71%.

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