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Os melhores e piores investimentos de outubro

A renda variável segue firme no topo do ranking, enquanto a renda fixa sofre com a queda da Selic

Ranking: Fundos de ações sobem mais de 3% em outubro e lideram investimentos (tomertu/Thinkstock)

Ranking: Fundos de ações sobem mais de 3% em outubro e lideram investimentos (tomertu/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 18h36.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 18h38.

São Paulo — Com indicativos de recuperação da economia e mais uma queda na taxa básica de juros, a Selic, de 8,25% para 7,50% ao ano, o mercado de renda variável seguiu firme no topo do ranking de investimentos elaborado por EXAME.com em outubro.

Os fundos de ações classificados como “indexados”, que têm como objetivo seguir as variações de indicadores de referência, tiveram o melhor desempenho do levantamento, com alta de 3,12% em outubro.

Os fundos de ações classificados como “small caps”, que investem em papéis de empresas com pequeno valor de mercado, acompanharam esse movimento e ficaram em segundo lugar no ranking, com valorização de 2,82% no mês.

Na outra ponta, o Tesouro IPCA com juros semestrais e vencimento em 2035 ficou na última posição do ranking. Esses títulos desvalorizaram 2,86% no período, acompanhando o movimento de redução da projeção de inflação do mercado.

É importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações no mês e em 2017, sem descontar Imposto de Renda (IR).

Em aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de imposto e a aplicação em ouro é isenta até 20 mil reais.

Confira o ranking de investimentos de outubro:

InvestimentoDesempenho em outubroDesempenho em 2017
Fundos de Ações Indexados*3,12%27,84%
Fundos de Ações Small Caps*2,82%44,13%
Fundos Cambiais2,80%1,95%
Fundos de Ações Livre*2,71%28,95%
Fundo de Ações Dividendos*2,08%24,44%
Fundos de Ações Investimento no Exterior*1,39%21,21%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior*1,01%10,64%
Fundos Multimercados Livre*0,93%12,14%
Fundos de Renda Fixa Investimento no Exterior*0,92%9,56%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal)0,79%11,77%
Tesouro Prefixado 2018 (LTN)0,57%10,01%
Tesouro Selic 2021 (LFT)0,52%8,73%
Fundos Renda Fixa Indexados*0,50%11,68%
Poupança**0,47%5,21%
Fundos Renda Fixa Simples*0,46%7,55%
Tesouro Selic 2023 (LFT)0,46%Não disponível
Ouro BM&F0,30%12,37%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTN-F)-0,11%15,24%
Tesouro Prefixado 2021 (LTN)-0,34%16,32%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B)-1,48%13,80%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B)-2,19%14,49%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal)-2,86%15,61%

Referências:

InvestimentoDesempenho em outubroDesempenho em 2017
Ibovespa0,02%23,38%
Selic***0,61%8,76%
CDI***0,61%8,76%
IPCA0,47%3,08%
Dólar comercial3,36%0,61%

*Até 30 de outubro, dado mais atual disponível na Anbima.

**Até 31  de outubro.

***O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

****Projeção do Boletim Focus do Banco Central.

Fontes: Anbima, BM&FBovespa, Thomson Reuters, Banco Central do Brasil e Tesouro Nacional.

Avaliação

Apesar da Bolsa ter titubeado no final de outubro, o mercado de ações vive uma sequência de altas mês a mês e ainda há espaço para crescimento, na avaliação do analista-chefe da Geral Investimentos, Carlos Mueller. “Há sinais claros de que a economia saiu do fundo do posso, como queda na taxa de desemprego, inflação controlada e queda de juros. O bom desempenho da Bolsa em outubro é resultado de um contexto maior”, explica.

Além do aumento do consumo no mercado doméstico, o cenário externo também tem contribuído para o bom desempenho da renda variável, segundo o sócio da Brainvest, Dennis Kac. “Há um crescimento sincronizado das economias desenvolvidas e emergentes que não víamos há muito tempo. A inflação está controlada nos países desenvolvidos, o que gera um ambiente positivo para o mercado de risco como um todo”, diz.

Em outubro, os títulos do Tesouro prefixados e indexados à inflação sofreram com a marcação a mercado, ou seja, com a variação diária nos preços, mas investidores não precisam se assustar. É recomendado manter a estratégia de investimento de longo prazo nesses papéis.

“Os títulos indexados ao IPCA e prefixados tiveram um mês horroroso devido às incertezas sobre a substituição da presidente do FED nos Estados Unidos e a reprecificação das taxas de juros lá fora, mas eles ainda têm valor”, orienta Kac.

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