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Os melhores e piores investimentos de março

Entre os destaques estão fundos de renda fixa grau de investimento e fundos de ações índice ativo

Após o corte maior do que o esperado da Selic, todos os títulos do Tesouro registraram desvalorização no mês  (yokaew/Getty Images)

Após o corte maior do que o esperado da Selic, todos os títulos do Tesouro registraram desvalorização no mês  (yokaew/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 31 de março de 2021 às 18h40.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 19h12.

Os fundos de renda fixa do tipo duração alta e grau de investimento lideraram o ranking dos melhores investimentos em março na renda fixa, com rentabilidade média de 0,79%, bem acima da referência da categoria, o CDI, que registrou variação de 0,18%.

Esses fundos aplicam pelo menos 80% da carteira em títulos públicos e em outros ativos de baixo risco no mercado, emitidos por bons pagadores.

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Já entre os ativos de renda variável (que não englobam a compra direta de ações), os fundos de ações do tipo índice ativo ficaram no topo do ranking, com alta de 1,49% no mês.

Os fundos de ações índice ativo têm como objetivo superar o índice de referência do mercado acionário, como o Ibovespa. Estes fundos se utilizam de deslocamentos táticos em relação à carteira de referência para atingir essse objetivo. Como o Ibovespa registrou valorização de 6% no mês, impulsionou o bom resultado desses fundos.

Veja abaixo o ranking da renda fixa e da renda variável:

Renda fixa

InvestimentoDesempenho em março (em %)Desempenho em 12  meses (em %)
Fundos de renda fixa - duração alta - grau de investimento0,7914,3
Fundos de renda fixa - duração baixa - grau de investimento0,161,93
Poupança0,111,57
Tesouro Selic 2025-0,011,45
Tesouro prefixado 2023-1,223,18
Tesouro IPCA+ 2024-1,368,63
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035-2,8811,81
Tesouro prefixado 2025-2,910,88
Tesouro IPCA+ 2035-3,7714,34
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045-3,9810,44
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050-4,779,66
Tesouro IPCA+ 2045-7,317,22

Referência

ÍndiceDesempenho em março (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
CDI0,182,23

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 26 de março, dado mais atual disponível na Anbima.
*O desempenho mensal dos títulos e da poupança se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

Renda variável

InvestimentoDesempenho em março (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Fundo de ações índice ativo1,4951,49
Fundos de ações livre0,8453,12
Multimercado investimento no exterior0,4913,84
Multimercado livre0,1412,39
Fundo de ações investimento no exterior-0,3454,11
Fundo de ações valor/crescimento-0,7245,24

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 26 de março, dado mais atual disponível na Anbima.

Referência

ÍndiceDesempenho em março (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Ibovespa658,84

Piores investimentos em março

Entre os piores investimentos na renda fixa esteve o Tesouro IPCA+ 2045. Todos os títulos do Tesouro registraram desvalorização no mês. 

O mês foi marcado pela alta maior do que esperada da taxa básica de juro, a Selic. Depois de seis anos de queda contínua da taxa, o Comitê de Política Monetária do Banco Central resolveu subir a taxa em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano. "Por conta disso, os títulos públicos foram remarcados a mercado. É natural esperar a desvalorização dos títulos das carteiras e dos fundos que investem nessas aplicações", diz Juliana Machado, especialista em fundos da EXAME Invest Pro.

Agora, aponta o grande ponto de atenção sobre investimentos será o caminho que a inflação irá tomar com a perspectiva de reabertura das economias e o sinal dado pelo Copom. "É uma tendência que irá continuar até o final do ano. Mas não acho que nem do lado de inflação nem de juros estamos numa ruptura de cenário, mas apenas no começo de um novo ciclo da economia no pós-crise".

Entre as aplicações de renda variável que renderam menos estiveram os fundos de ações do tipo valor/crescimento. Essas aplicações desvalorizaram 0,72% em março. "Apesar de o mercado ter muita liquidez, é preciso ajustar o nível de risco, o que impacta as ações. Os fundos da categoria têm uma visão de longo prazo e acabam sofrendo mais em meio a ajustes. Mas isso não significa que a tese dessas aplicações não vale mais."

O que ponderar ao investir

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o imposto de renda (IR).

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Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.

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