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Os melhores e piores investimentos de julho

Com alta de 8,46%, o dólar teve o melhor resultado do balanço de investimentos de julho


	Pilhas de moedas: com alta de 8,46%, o dólar teve o melhor resultado do balanço de investimentos de julho
 (Crasck/Thinkstock)

Pilhas de moedas: com alta de 8,46%, o dólar teve o melhor resultado do balanço de investimentos de julho (Crasck/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 19h59.

São Paulo - O dólar apresentou o melhor resultado do balanço de investimentos de julho, ao registrar rentabilidade de 8,46% no mês. A moeda americana foi seguida no ranking por fundos Multimercados Multiestratégia, que registraram alta de 2,55% no mês. Esse tipo de fundo pode adotar mais de uma estratégia de investimento, sem o compromisso de se dedicar a apenas uma delas.

Já os fundos Multimercados Macro tiveram rentabilidade de 2,23% no período e ficaram em terceiro lugar no balanço de aplicações do mês. Esse produto realiza operações com diversos tipos de ativos, como renda fixa, renda variável e câmbio, e define estratégias baseados em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos.

Veja, na tabela a seguir, o ranking dos resultados de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em julho e no acumulado do ano:

Aplicação Desempenho em julho Desempenho em 2015
Dólar 8,46% 26,69%
Fundos Multimercado Multiestratégia* 2,55% 10,96%
Fundos Multimercado Macro* 2,23% 14,09%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) 1,76% 6,64%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) 1,58% 9,24%
Tesouro Prefixado 2016 (LTN) 1,25% 6,80%
Tesouro Selic 2017 (LFT) 1,15% 7,11%
Fundos referenciados DI* 1,14% 7,06%
Selic* 1,12% 7,12%
CDI* 1,12% 7,10%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 1,03% 7,01%
Tesouro Selic 2021 (LFT) 0,95% --
Fundos de Renda Fixa* 0,94% 7,50%
Poupança antiga* 0,66% 3,69%
Poupança nova* 0,66% 3,69%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 0,65% 7,66%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 0,62% 9,20%
Ouro -1,59% 15,38%
Fundos de Ações Ibovespa Ativo* -2,52% 1,42%
Fundos de Ações Livre* -2,73% 1,57%
Fundos de Ações Small Caps* -3,00% -7,01%
Fundo de Ações Dividendos* -3,63% -0,45%
Ibovespa -4,35% 1,66%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) -4,48% 5,48%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) -5,59% 6,24%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) -9,55% 1,94%

Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa, Economatica e Tesouro Nacional

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Expectativa de inflação para o mês de julho, segundo o Banco Central.

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao dia 30 de julho. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 29 de julho. Já os dados sobre as poupanças nova e antiga, CDI e Selic são relativos ao dia 30. As rentabilidades do dólar, títulos públicos e da Selic tiveram como base o fechamento do dia 30. O Ibovespa teve como base o fechamento do dia 31.

Dentre os títulos públicos mostrados na tabela, atualmente estão disponíveis para compra o Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) e Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal).

Renda fixa

Os títulos públicos Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F)  e Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) registraram os melhores rendimentos do mês dentre as aplicações de renda fixa, mais conservadoras. Essas aplicações são beneficiadas pela alta da taxa de juros e índices de preços, pois os ativos de suas carteiras tendem a acompanhar o comportamento da Selic e da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira (29), para 14,25%, o que deixa a poupança ainda menos vantajosa em relação a essas aplicações. Em julho, o rendimento da poupança deve praticamente empatar com a alta da inflação, segundo estimativas do Banco Central.

Isso ocorre porque a caderneta rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) quando a Selic é maior do que 8,5% ao ano, ao contrário de outras aplicações de renda fixa, que acompanham as altas da taxa. 

Já títulos públicos com prazos mais longos ficaram na lanterna dos investimentos de menor risco. Enquanto a rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) registrou queda de 9,55% no mês, o retorno do Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) caiu 5,59%. Com a indicação do Copom de que o ciclo de alta da Selic esse ano está chegando ao fim, a rentabilidade desses títulos tende a se acomodar. 

Renda variável

O dólar encerrou julho com o melhor resultado do balanço de investimentos entre as aplicações de renda variável, com alta de 8,46%.

A valorização da moeda americana ante o real foi causada pela alteração da meta fiscal, diz Sidnei Nehme, diretor da corretora de câmbio NGO. O anúncio indica que o governo terá maior dificuldade para fechar o ano no azul e pagar os juros da dívida e aumentou o risco de o Brasil perder o grau de investimento, nota atribuída por agências de classificação de risco que indica que o país oferece baixo risco aos investidores. 

Para chegar a essa nota, as agências analisam uma série de fatores que mostram a capacidade do país de honrar suas dívidas. Uma eventual perda do grau de investimento provocaria saída de dinheiro aplicado no país, o que desvaloriza o real. Após o anúncio, a S&P já rebaixou a perspectiva da nota do Brasil para "negativa"

Já o Ibovespa ficou na última colocação no ranking entre os investimentos de renda variável, com queda de 4,35%. O mau desempenho também  pode ser atribuído ao anúncio de redução da meta fiscal, que sinaliza um aprofundamento da crise econômica no país e piora o ambiente de negócios para as empresas brasileiras listadas na bolsa. 

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