Minhas Finanças

Os melhores e os piores investimentos de junho

Renda variável supera renda fixa e fundos de small caps são o melhor investimento do mês


	Analista na Bovespa: Fundos de ações se destacaram no mês de junho
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Analista na Bovespa: Fundos de ações se destacaram no mês de junho (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 19h08.

São Paulo - Os fundos de ações small caps, que investem em ações de empresas com baixo valor de mercado, tiveram o melhor rendimento do ranking de investimentos de junho.

Em geral, as aplicações de renda variável, classe à qual pertencem os fundos de small caps, tiveram melhor resultado do que os mais conservadores, de renda fixa, dentre os quais tiveram o melhor desempenho as Letras do Tesouro Nacional (LTN), título do Tesouro Direito prefixado.

Veja na tabela a seguir a lista com o desempenho de algumas das principais aplicações financeiras do mercado em junho e no acumulado de 2014:

Aplicação Desempenho em junho Desempenho no ano
Fundos de ações Small Caps* 4,37% 0,01%
Fundos de ações dividendos* 3,78% 5,98%
Ibovespa 3,76% 3,22%
Fundos de ações livre* 3,55% 2,03%
Fundos de ações Ibovespa Ativo* 3,16% 1,05%
Ouro 3,09% 3,20%
LTN (vencimento em 01/01/2018)* 2,18% -
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)* 1,97% 12,92%
NTN-B (vencimento em 15/05/2035)* 1,78% 11,64%
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) 1,64% 0,89%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)* 1,38% 15,29%
Fundos Multimercado Multiestratégia* 1,13% 3,30%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* 1,06% 5,95%
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)* 1,05% 5,94%
LTN (vencimento em 01/01/2015)* 0,96% 4,91%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 0,94% 5,00%
Selic* 0,94% 5,09%
CDI* 0,94% 5,04%
LFT (vencimento em 07/03/2015)* 0,89% 5,00%
Fundos de Renda Fixa* 0,88% 5,51%
Fundos referenciados DI* 0,87% 4,88%
Fundos Multimercado Macro* 0,86% 2,44%
LFT (vencimento em 07/03/2017)* 0,80% 4,90%
Poupança antiga* 0,59% 3,36%
Poupança nova* 0,59% 3,36%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 0,33% 3,67%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** -0,53% 2,66%
Dólar -1,85% -6,19%
NTN-F (vencimento em 01/01/2025)* -2,05% -
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)* -3,11% 2,40%

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Expectativa de inflação para o mês de junho e para o acumulado em 2014 até junho, segundo o Banco Central.

À exceção dos fundos de investimento imobiliário, os resultados dos rendimentos de todos os fundos da tabela foram fechados no dia 24 de junho.

As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 20 de junho. Os dados sobre a poupança nova e antiga, taxa Selic, o CDI, o ouro, o dólar e os títulos do Tesouro foram fechados no dia 27 de junho. E as rentabilidades do Ibovespa e do IFIX são referentes ao fechamento do dia 30 de junho.

Renda fixa

Entre os investimentos de renda fixa, que são aqueles que têm sua forma de remuneração definida previamente, as LTNs com vencimento em 2018 tiveram o melhor desempenho em junho. Esses são os títulos do Tesouro Direto prefixados, que pagam ao investidor um juro definido no início da aplicação. 

Os títulos públicos podem sofrer fortes oscilações no intervalo de um mês porque sua demanda aumenta e diminui de acordo com as expectativas dos juros no futuro. Essas variações são fruto da marcação a mercado, que mostra a rentabilidade que os títulos teriam se fossem vendidos antes do vencimento.  

Ainda que na tabela a valorização da LTN tenha sido de mais de 2% no mês, por causa do efeito da marcação a mercado, o investidor que comprar o título com o objetivo de mantê-lo até o vencimento receberá a remuneração acordada na hora da compra, que no caso da LTN com vencimento em 2018 é de 11,89% ao ano. 

Depois das LTNs, as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) com vencimento em 2050 - títulos do Tesouro que pagam um juro prefixado, mais a variação da inflação medida pelo IPCA - tiveram o melhor rendimento entre as aplicações de renda fixa. 

Segundo Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora, com a Selic aos 11% os títulos públicos e outros investimentos de renda fixa têm oferecido uma remuneração atrativa e são uma boa opção para o investidor conservador

"Hoje a taxa de juro tem sido um porto interessante. A Selic aos 11% ao ano é uma bela rentabilidade em um momento de incerteza", comenta Cardoso.

A caderneta de poupança, investimento queridinho dos brasileiros, teve um dos priores rendimentos do balanço. 

Com a Selic aos 11%, outras aplicações que acompanham a alta da taxa ficam mais vantajosas, enquanto a poupança perde a vantagem porque seu rendimento deixa de ser atrelado aos juros básicos depois que eles passam dos 8,5% ao ano.

Dentre os títulos mostrados na tabela, estão disponíveis para compra: NTN-B Principal (15/05/2035), NTN-B (15/05/2035), NTN-B (15/08/2050), LFT (07/03/2017), LTN (01/01/2018).

Renda variável

Os investimentos em renda variável, que costumam ser mais arriscados e não têm sua forma de remuneração previamente definida, tiveram os melhores resultados do mês. 

Os fundos de small caps, que são aqueles que investem em empresas de menor valor de mercado, que chegam a custar apenas alguns centavos, apresentaram o maior rendimento do balanço de junho. 

Conforme explica o sócio-diretor da Easynvest, os bons resultados desses fundos e da renda variável como um todo podem ser atribuídos à recuperação da Bolsa no mês, que fechou em alta de 3,76%.

Mas, apesar dessa alta, Cardoso não acredita que exista uma tendência de valorização mais consistente na Bolsa. Para ele, o momento é de grande incerteza e de alta volatidade. 

"Essas oscilações têm ocorrido ao sabor de algumas notícias, como das expectativas da eleição, mas ninguém tem uma visão clara do que vai ocorrer. Há uma expectativa de mudança com a eleição em outubro e isso tem causado frenesi no mercado, mas tirando isso, com as recentes notícias de baixo desempenho da economia, a Bolsa não deveria estar no patamar dos 54 mil pontos, deveria estar abaixo", afirma.

Para ele, a combinação de baixo crescimento e alta inflação torna o cenário bastante negativo para a renda variável.

Diante desse quadro, é recomendável que o investidor mais avesso a riscos redobre os cuidados ao considerar os investimentos em renda variável, já que até a definição do novo presidente a expectativa é de fortes oscilações no mercado. 

Veja no vídeo a seguir, do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas, se vale a pena contar com ajuda profissional para investir:

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