Fiat Argo foi o modelo que menos se desvalorizou na categoria de hatch compacto. Em ano atípico, o modelo valorizou (Fiat/Divulgação)
Marília Almeida
Publicado em 26 de março de 2022 às 08h45.
Última atualização em 28 de março de 2022 às 14h41.
O Fiat Argo foi o hatch compacto com melhor desempenho na hora da revenda em 2021. O modelo registrou uma desvalorização de 3,56%. Já o Hyundai Tucson foi o que menos desvalorizou na categoria SUV médio. Nesse caso, o carro perdeu 5,79% do valor no ano. Na categoria sedã compacto, o Fiat Cronos foi o modelo que menos se desvalorizou. No período, o modelo teve valorização de 0,56%.
Os dados fazem parte do Prêmio Melhor Revenda 2022, calculado pela KBB, consultoria especializada na precificação de veículos novos e usados. Foram analisados 94 modelos para a definição dos ganhadores em 19 categorias.
Historicamente, carros novos e usados perdem valor de revenda com o uso, mas 2021 foi um ano atípico em razão dos efeitos da pandemia sobre as cadeias de componentes automotivos, como semicondutores.
A falta de peças restringiu a produção e a oferta de automóveis novos no Brasil e no mundo, levando ao fenômeno da valorização de carros usados apesar do tempo maior de uso desde a sua venda.
Veja abaixo os carros com melhor valor desempenho no ano passado. Modelos com percentuais positivos tiveram, portanto, valorização:
A KBB consegue rastrear as transações do tipo “C2B” para apurar o preço de troca dos veículos participantes do levantamento. Esse tipo de transação, em que o proprietário particular revende seu veículo a um lojista, é a mais comum entre os consumidores de automóveis 0 km no mercado brasileiro.
Portanto, para saber quais foram os modelos que menos se desvalorizaram no último ano, o prêmio coletou os preços 0 km de cada um deles em janeiro de 2021 e comparou com seus respectivos preços de troca em janeiro de 2022.
Participaram da edição do levantamento todos os automóveis e comerciais leves 0 km à venda no período utilizado para o cálculo e que se mantiveram disponíveis ao consumidor até fevereiro, data de apuração dos resultados.
Desse modo, modelos que trocaram de geração, descontinuados ou que sofreram reestilizações muito marcantes não foram incluídos na pesquisa.
Além disso, um teto de R$ 500 mil foi adotado para exclusão dos carros que superam esse patamar. As exceções foram as categorias “Híbrido” e “Elétrico”.