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Os bancos com os maiores e menores juros no cheque especial

A diferença de custos entre o banco que cobra os juros mais baixos (Bradesco) e mais altos (Santander) pode chegar a 891 reais


	No vermelho: no banco mais caro, o Santander, dívida de 500 reais no cheque especial chega a R$ 2.416,57 após um ano
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No vermelho: no banco mais caro, o Santander, dívida de 500 reais no cheque especial chega a R$ 2.416,57 após um ano (Freeimages.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2015 às 07h00.

São Paulo - Os juros cobrados no cheque especial têm sido elevados mês a mês e em julho chegaram a 246,9% ao ano, em média, segundo dados da pesquisa mensal de juros do Banco Central (BC), uma alta de 37,9 pontos percentuais em relação a janeiro, quando a taxa estava em 209,0% ao ano. 

Mas, se a taxa média já é alta, ao observar os juros cobrados nos bancos grandes, a situação fica ainda mais crítica. No mais caro deles, o Santander, os juros médios do cheque especial batem os 380% ao ano, de acordo com dados do ranking de juros do BC.

Isso significa que ao usar 500 reais do limite de cheque especial no banco, o cliente paga 2.416 reais ao final de um ano.

Além de ser uma das modalidades mais caras de crédito do mercado, o cheque especial é também uma das mais perigosas: basta ficar com a conta negativa que o crédito é liberado automaticamente.

Por isso, além de evitar a linha de crédito, é importante observar se você não está pagando juros mais altos do que a média do mercado no seu banco.

Ao comparar as condições praticadas entre o banco com juros mais altos (Santander) e mais baixos (Bradesco) a diferença de custo para uma dívida de 500 reais ao final de um ano chega a 891 reais.

Confira, na tabela abaixo, as taxas cobradas por cada banco e quanto o cliente paga, em juros, ao utilizar 500 reais do limite do cheque especial e quitar o empréstimo após um ano.

Banco Taxa de juro ao mês Taxa de juro ao ano Juros pagos após um ano
Bradesco 9,74% 205,08% R$ 1.525,28
Caixa 9,86% 209,21% R$ 1.542,42
Banco do Brasil 10,79% 242,10% R$ 1.709,92
Itaú 11,19% 257,03% R$ 1.785,50
HSBC 13,59% 361,35% R$ 2.307,02
Santander 14,03% 383,43% R$ 2.416,57

Fonte: Banco Central, período do dia 28/08/2015 a 03/09/2015.

Fique esperto

Na maioria dos bancos, os clientes já possuem um limite de cheque especial pré-aprovado. Assim, a partir do momento em que o saldo da conta corrente é zerado, ao gastar o próximo centavo o cliente já passa a usar o seu limite do cheque especial.

Em algumas instituições, dependendo do perfil e histórico de crédito do cliente, o cheque especial pode ser usado por alguns dias sem a cobrança de juros. Mas, caso a dívida não seja quitada dentro desse prazo, os juros são cobrados por todo o período em que o valor foi usado.

Por isso, se o empréstimo for realmente necessário e não houver outra alternativa, é recomendado buscar linhas de crédito mais baratas.

Uma delas é o crédito consignado. Segundo dados de julho do Banco Central, a taxa média do consignado para funcionários de empresas privadas foi de 39,9% ao ano.

Os juros do crédito consignado costumam ser muito menores porque nessa linha o desconto das parcelas da dívida é feito diretamente da folha de pagamento do devedor, portanto o banco tem mais garantias de que receberá o pagamento em dia. Já no cheque especial, não nenhuma garantia por trás do empréstimo.

IOF

Além dos juros, as transações feitas com cheque especial também sofrem incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse imposto é cobrado sobre qualquer utilização do cheque especial.

Vale ressaltar que, mesmo entre os bancos que abrem mão de cobrar juros no cheque especial por alguns dias, o imposto não deixa de ser cobrado pelo governo, independentemente do período de utilização do crédito.

Atualmente, é cobrada uma alíquota de 3% ao ano para operações de crédito realizadas em até 365 dias. Além disso, também é cobrada a taxa adicional de IOF, que desconta um percentual fixo de 0,38% do valor transacionado em cada operação.

O cálculo do IOF não foi incluído na simulação pois a alíquota incidente é igual para todos os bancos e o objetivo do levantamento era mostrar a diferença de custos entre as instituições.

Veja, no vídeo a seguir, quando o endividamento se torna realmente perigoso:

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