Extrato bancário: facilidade e falta de garantias fazem com que o cheque especial seja uma das linhas de crédito mais caras (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 14h21.
São Paulo – O cheque especial é um empréstimo automático que o banco faz a quem fica com a conta corrente negativa. Com limite pré-aprovado e sem garantias, é a segunda linha de crédito mais cara concedida pelos bancos, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Em agosto, a taxa de juro média para o cheque especial foi de 7,77% ao mês (145,46% ao ano), perdendo apenas para o cartão de crédito. Em função do alto custo, o cheque especial só deve ser usado em emergências e por pouquíssimos dias.
E ainda é preciso tomar alguns cuidados com certas “pegadinhas” dessa linha de crédito tão rentável para os bancos. Se a situação financeira do devedor for mais complicada, e ele precisar de mais prazo, o melhor é pedir um empréstimo pessoal ou consignado, que têm taxas mais atrativas.
Contudo, as taxas de juros do cheque especial podem variar bastante entre os bancos. Segundo dados do Banco Central, a taxa de juro média efetivamente praticada na Caixa no período de 19 a 25 de setembro foi quase a metade da média do mercado, de 4,17% ao mês. Isto é, alguém que deveu 1.000 reais ao banco por um mês teve que pagar 1.041,70 reais de volta à instituição. Apesar de alto, é o juro de cheque especial da Caixa é o mais em conta entre os maiores bancos de varejo.
Já o Santander cobrou uma taxa média de 10,36% ao mês de seus clientes no mesmo período, a mais cara entre os grandes bancos. Ou seja, um cliente que deveu 1.000 ao banco teve que pagar-lhe de volta 1.103,60 reais, ou 61,90 reais a mais que o cliente da Caixa.
A tabela a seguir mostra as taxas médias efetivamente praticadas pelos grandes bancos de 19 a 25 de setembro, informadas pelas próprias instituições financeiras ao Banco Central:
Instituição | Taxa de juro ao mês (%) | Taxa de juro ao ano (%) |
---|---|---|
Caixa Econômica Federal | 4,17 | 63,22 |
Banco do Brasil | 5,47 | 89,52 |
Bradesco | 8,11 | 154,96 |
Itaú Unibanco | 8,22 | 158,09 |
HSBC | 9,82 | 207,57 |
Santander | 10,36 | 226,34 |
Período: 19/09/2013 a 25/09/2013
Fonte: Banco Central
Vídeo: O que eu faço se não puder pagar a fatura do cartão de crédito?
[videos-abril id="4fe99a6742cc21a7bccd121e0241893d" showtitle="false"]