São Paulo - Os
apartamentos à venda em bairros nobres do
Rio de Janeiro registraram valorização expressiva nos últimos 12 meses, de até 17%. O preço médio do metro quadrado no bairro que está no topo do
ranking dos 20 mais caros da cidade, o Leblon, na zona sul, chega a ser
33,4% mais caro do que o registrado no bairro mais caro de São Paulo. É o que aponta o levantamento feito pelo
FipeZap elaborado pelo classificado online Zap, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (
Fipe), a pedido de EXAME.com. A pesquisa tomou como base 61.593 apartamentos prontos para morar na cidade. O estudo inclui desde apartamentos antigos até empreendimentos que acabaram de ser entregues, em diferentes estados de conservação. Além de a cidade encarar problemas de mobilidade de forma mais intensa do que São Paulo por conta da geografia acidentada, que isola regiões entre morros, o Rio de Janeiro tem mais limitações para construção de novos prédios, o que acaba encarecendo ainda mais o preço do metro quadrado em regiões bem localizadas, próximas de centros comerciais. Os bairros no topo do ranking têm pequena oferta de
imóveis para compra. "Mesmo com a onda da reforma de apartamentos construídos, o retrofit, os preços aumentaram muito no último ano. O preço do metro quadrado de uma cobertura decorada e com piscina de frente para a praia no Leblon pode atingir 60 mil reais", diz o diretor-presidente do Zap, Eduardo Schaeffer. Com os preços nas alturas, o público que antes poderia adquirir imóveis nesses bairros busca agora regiões mais acessíveis, como Urca, Botafogo, Copacabana e Humaita. A mudança de empresas dos bairros mais nobres, em busca de aluguéis mais baratos, também tem impulsionado os preços em regiões que começam a se tornar novos centros de negócios da cidade, como a Barra da Tijuca, diz o executivo do Zap. "Esses bairros acabam registrando maior valorização no último ano do que Leblon e Ipanema por conta desse aumento da demanda". A retomada da economia no Rio de Janeiro, que vem atraindo mais empresas, e a expectativa sobre os eventos internacionais, como as Olimpíadas de 2016, também colaboram para uma forte alta no mercado imobiliário na cidade.