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Onde investir R$ 500 por mês ganhando mais que a poupança?

Internauta pergunta qual é a melhor alternativa de investimento para destinar os 10 mil reais aplicados na poupança e fazer aportes mensais de 500 reais


	Dinheiro: Especialistas recomendam LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Nacional
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: Especialistas recomendam LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Nacional (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 08h47.

Dúvida do internauta: Atualmente invisto na poupança, mas sei que o rendimento não é muito bom. A partir de 2015 quero investir em aplicações que me tragam um retorno maior. Tenho cerca de 10 mil na poupança e pretendo aplicar mais 500 reais por mês, onde devo investir para ter um rendimento melhor?

Resposta de Samy Dana e Alex Del Giglio*: 

Em um cenário econômico de elevação da taxa de juros e inflação persistente, a poupança não é a melhor alternativa de investimento para alocar suas economias.

Existem diversas opções de investimento com grau de risco equivalente ao da poupança e que proporcionam um retorno bem mais atraente.
Em vista disso, sugerimos a seguinte estratégia para investir o seu dinheiro:

Em relação aos 10 mil reais aplicados na poupança, faça a migração para Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Assim como a poupança, esses papéis possuem isenção de imposto de renda e ainda contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que reembolsa eventuais prejuízos causados pela falência da instituição financeira até o limite de 250 mil reais. Procure investir em letras de crédito de bancos médios, que paguem uma taxa de no mínimo 90% do CDI.

Quanto aos aportes de 500 reais mensais, uma boa alternativa de alocação é dividir o recurso entre as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e as Notas do Tesouro Nacional-Série B (NTN-B), títulos públicos negociados pela plataforma Tesouro Direto. Nessa modalidade o risco é um eventual calote do governo, que pode ser considerado bem baixo.

A LFT é um título cuja rentabilidade segue a variação da taxa Selic; e a NTN-B paga uma taxa de juros fixa mais a variação da inflação medida pelo IPCA, proporcionando ganho real, ou seja, acima da inflação.

Um cuidado que deve ser tomado no Tesouro Direto diz respeito às taxas de administração cobradas pelos agentes de custódia, pois variam muito, entre 0% e 2%. Por isso, pesquise os agentes que não cobram taxa de administração, restando apenas a taxa de custódia obrigatória de 0,30% ao ano e o imposto de renda sobre os rendimentos.

Além disso, recomenda-se no caso da NTN-B a aquisição de títulos alinhados com seu horizonte de investimento. Vender antecipadamente uma NTN-B pode ocasionar perdas significativas de acordo com as oscilações do mercado.

Seguindo nossa recomendação, você certamente obterá um retorno superior ao da poupança em seus investimentos.

Bons Investimentos!

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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