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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A oferta pública de ações do Banco do Brasil (BB) não animou o mercado, afirmam especialistas. Nesta quarta-feira (28/6), a instituição estreou no Mercado Novo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) colocando à venda 45.441.459 ações ordinárias a 43,50 reais cada.
Apesar de 100% dos papéis ofertados terem sido comercializados, os analistas dizem que o apetite dos investidores está bastante reduzido, em decorrência da turbulência que se instalou na bolsa desde o início de maio, quando o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, elevou pela 17ª vez consecutiva os juros da economia norte-americana. "A demanda foi apenas 1,3 vezes acima da oferta. Se o leilão tivesse ocorrido no início do ano, a demanda teria sido cinco ou seis vezes superior", afirma uma fonte do mercado.
O desconto de 5,2% no preço das ações também é apontado como um sinal da baixa atratividade do negócio. "Mesmo com o desconto, a demanda foi fraca. Se a procura tivesse sido grande, não teria sido possível atender integralmente o pedido dos pequenos investidores", diz um analista, destacando, ainda, que não haverá oferta dos lotes extra e suplementar. Cerca de 30% das ações vendidas foram para as mão de pessoas físicas. Com a oferta pública, o BB arrecadou 1,976 bilhão de reais.
Ações em alta
No primeiro dia de operações no Mercado Novo, as ações do BB subiram 3,15%, cotadas a 47,40 reais. Para os especialistas, quem comprou os papéis pode ter feito um bom negócio, já que a desvalorização nas últimas semanas foi grande e há expectativa de recuperação do mercado. Para se ter uma idéia, no dia 10 de maio, data em que foi anunciado o último aumento de juros pelo Fed, os papéis do BB eram comercializados a 64,50 reais.