Minhas Finanças

O que toda mãe deve saber sobre dinheiro

Como a investidora se prepara para ser mãe - e como a mãe se prepara para ser investidora e ajudar seus filhos a enriquecerem

Ensinar aos filhos os primeiros passos nas finanças é um dos papéis da mãe (SXC)

Ensinar aos filhos os primeiros passos nas finanças é um dos papéis da mãe (SXC)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2012 às 08h00.

São Paulo – Antes ou depois de se tornar mãe, toda investidora deve saber que o planejamento financeiro fica mais complexo quando o filho chega: são mais despesas e mais um ser humano que, até chegar à vida adulta, vai demandar investimentos e educação financeira. Da mesma forma, a mãe que quer se tornar investidora precisa tomar alguns cuidados para não cair nas armadilhas que podem acabar com o equilíbrio do seu orçamento.

Veja a seguir o que você deve ter em mente se quiser ser, a um só tempo, mãe e investidora:

1. Filhos pesam no orçamento: prepare-se

De acordo com Daniele Duarte, consultora de investimentos da corretora Geração Futuro, um filho costuma aumentar as despesas dos pais entre 40% e 60%. Ou seja, antes de ter um filho, é aconselhável que o casal crie uma folga no orçamento e já tenha reservas.

Filhos demandarão gastos e investimentos durante muitos anos, mas algumas das despesas poderão ser abatidas do imposto de renda, pelo menos em parte e até seus filhos começarem a ter rendimentos tributáveis – aí pode ser que a sua renda tributável aumente de modo a tornar a dedução desvantajosa.

É difícil estimar quanto custa criar os filhos, uma vez que esses gastos variam muito de família para família. Mas pelo menos para a chegada dos pequenos, é de bom tom criar uma reserva para os gastos iniciais com fraldas, enxoval, quartinho do bebê e tudo que cerca os primeiros meses da maternidade.

E se preocupar em não desperdiçar dinheiro com aquilo de que a criança, nos primeiros anos de vida, não vai sentir falta: festas de aniversário pomposas para bebês de um ano, ou roupas de marca para crianças de até dez anos, por exemplo. Veja outras dicas em vídeo com o consultor financeiro Mauro Calil.

2. Você não consome mais só para si

Ter uma família significa que você não vai mais consumir apenas para você, mas sim pelos seus filhos e para a casa. Cônjuges que dividem essas despesas evitam que a responsabilidade recaia sobre apenas um dos dois, fazendo com que este tenha seu orçamento e plano de investimentos desestabilizados.

Cultive o bom hábito de fazer um orçamento e anotar os gastos em uma planilha, pesquise bastante antes de efetuar uma compra, aproveite liquidações e compras no atacado quando for possível, aprenda a barganhar e se discipline para evitar compras por impulso.

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3. Dinheiro não tem gênero: quebre os mitos

Mulheres são mais consumistas, previdentes, avessas ao risco e afetivas que os homens, devem se preocupar mais em se manter e cuidar do que em prover e comandar, e lidam pior com o dinheiro. Todas essas afirmações são mitos, e devem ser deixadas de lado pela mulher que quer enriquecer, realizar seus sonhos e prover o melhor para a sua família, pois só servem para travar o desenvolvimento da investidora. Uma das máximas do mercado financeiro, afinal, é que “o dinheiro não tem gênero”.

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4. Primeiro o seu futuro, depois o do seu filho

Muitas mulheres começam a maternidade sem ter traçado objetivos nos quais investir, ou então desistem de seus planos em função dos filhos. Para aquelas que sofrem com a culpa e abdicam de si mesmas em prol dos filhos, a orientação dos especialistas é clara: não deixe de investir na sua aposentadoria e nos seus sonhos, para não onerar seus filhos no futuro.

Você pode investir para seus filhos, mas é cuidadoso que o primeiro dinheiro a sair da sua conta seja o da sua aposentadoria. “A mulher pode ficar dividida entre comprar e investir para si mesma ou para os filhos. Mas ela precisa entender que deve traçar seus objetivos e segui-los à risca”, diz Daniele Duarte, da Geração Futuro.

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5. Investimentos são os melhores presentes

Investir no futuro dos seus filhos é o melhor presente que eles podem ganhar. Criar um colchão financeiro para eles desde a primeira infância é uma maneira não só de lhes garantir os estudos, mas também os primeiros passos da vida profissional e até, quem sabe, o início de um negócio próprio.


Alguns especialistas recomendam que investimentos iniciados para os filhos na infância devem ter um bom percentual em renda variável. Há quem presenteie o próprio filho com ações em Bolsa a cada aniversário e Natal.

À medida que o tempo vai passando, o percentual em renda variável pode ir diminuindo, enquanto que o percentual em renda fixa pode ir aumentando, até que o jovem tenha 18 ou 20 anos. O dinheiro pode ser utilizado para pagar uma faculdade, uma pós-graduação no exterior, dar entrada em um apartamento ou mesmo iniciar um negócio, dependendo da prioridade do seu filho.

Mas para quem não quer investir diretamente em ações, não faltam opções: fundos de ações voltados especificamente para crianças, fundos de previdência infantil, títulos públicos de prazos longos – há títulos de 20 anos –, ou clubes de investimento são alguns exemplos de aplicações que os pais costumam usar para acumular patrimônio para os filhos. Alguns pais chegam mesmo a já pensar na aposentadoria dos pequenos. Mas lembre-se: primeiro a sua, depois a deles. Leia mais sobre essas aplicações financeiras para crianças.

Leia mais: 8 formas de ajudar seu filho a ficar rico

6. Educação financeira é fundamental

Para que seus filhos tenham uma vida material confortável no futuro, é bom orientá-los a desenvolver uma mentalidade investidora e empreendedora desde cedo. E como maternidade significa não pensar mais apenas em si, mas também no outro, além de se informar e educar a si mesma, a mãe deveria se preocupar em passar conceitos e valores financeiros para os filhos.

Existe uma série de instrumentos experimentados por educadores financeiros especializados em crianças para ajudar nessa tarefa nem sempre fácil. A mesada, o cofrinho e a divisão de responsabilidades dentro da família são apenas algumas delas. “Não condicione a criança a ganhar presentes ou dinheiro como recompensa por ter feito algo, incentive-a a poupar para um objetivo e leve-a para comprar aquilo para o qual ela economizou. Assim é possível ensinar-lhe o valor do dinheiro”, orienta Daniele Duarte.

Para mais dicas sobre educação financeira, leia também:
15 coisas que as crianças devem saber sobre dinheiro
11 atividades para ensinar finanças aos filhos
Os pecados capitais que podem empobrecer seu filho
Como controlar os gastos dos filhos

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