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O iPhone de US$ 1.000 que você comprou lá fora, na verdade, é barato

Por exemplo, ajustando pela inflação, um telefone celular de 1984 teria custado quase US$ 10.000 na época

iPhone 8: os modelos atuais parecem grandes pechinchas ao lado de seus primos velhos e empoeirados (Timothy Fadek/Bloomberg)

iPhone 8: os modelos atuais parecem grandes pechinchas ao lado de seus primos velhos e empoeirados (Timothy Fadek/Bloomberg)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 14 de julho de 2018 às 16h59.

Última atualização em 14 de julho de 2018 às 17h12.

As filas na porta das lojas da Apple são a prova: as pessoas vão pagar o preço da novidade do momento. Mas será que o próximo iPhone - ou seja lá o que for - vale realmente esse preço?

Na realidade, muitas das tecnologias incluídas no seu celular foram em alguma época os aparelhos mais sofisticados do momento - e os modelos atuais parecem grandes pechinchas ao lado de seus primos velhos e empoeirados.

Por exemplo, ajustando pela inflação, um telefone celular de 1984 teria custado quase US$ 10.000 na época. E se você estivesse ali para comprar todas aquelas primeiras novidades, você teria gasto o equivalente a mais de US$ 25.000.

Alguns exemplos:

Telefones

Quase um século depois de Alexander Graham Bell fazer a primeira ligação de longa distância entre Nova York e Chicago, em 1892, a Motorola lançou o primeiro telefone celular portátil comercial. O DynaTAC 8000X tinha 33 centímetros de comprimento (com antena), pesava quase 794 gramas e fornecia 30 minutos de conversação com cada carregamento quando chegou ao mercado, em 1984. Por seu preço, o DynaTAC era um símbolo de status destinado a corretores imobiliários, advogados, traders de Wall Street e empresários que podiam comprá-lo.

Preço em 1984: US$ 3.995
Ajustado pela inflação: US$ 9.864

Câmeras

Os fotojornalistas usavam câmeras "portáteis" já nas décadas de 1850 e 1860 para cobrir guerras, mas o equipamento era volumoso e exigia grande habilidade mecânica para operar. A Eastman Kodak lançou uma câmera em 1888 com a qual qualquer pessoa podia tirar fotos. Pesava 900 gramas e vinha pré-carregada com um filme para 100 exposições. (Os proprietários a enviavam para a empresa, que revelava o filme e recarregava a câmera por US$ 10.) Para tornar a fotografia mais acessível, a Kodak desenvolveu a câmera Brownie e começou a vendê-la por US$ 1 em 1900.

Preço em 1888: US$ 25
Ajustado pela inflação: US$ 640

Filmadoras

As filmadoras não-profissionais começaram a ser vendidas logo depois do desenvolvimento das câmeras profissionais de cinema, no fim do século 19. A Cine-Kodak de 16 mm, lançada em 1923, pesava 4 quilos carregada com 15 metros de filme; os usuários tinham que colocá-la em um tripé e girar a manivela para fazer um filme de três minutos. O primeiro modelo vinha como um kit que incluía o tripé, uma máquina de emendar filme, um projetor e uma tela.

Preço em 1923: US$ 335
Ajustado pela inflação: US$ 5.017

Televisores

Os primeiros aparelhos de TV tinham telas minúsculas: a imagem no Baird Televisor era do tamanho de um selo postal. As telas dos dois primeiros modelos transistores movidos a bateria também eram pequenas. A Safari, lançada em 1959 pela Philco, tinha um tubo de imagem de 2 polegadas e a imagem era refletida em um espelho para aumentar a área de visualização. (Um cone retrátil reduzia o brilho.) A tela da TV8-301 da Sony, de 1960, tinha cerca de 8 polegadas. A Sony pesava cerca de 6 quilos e a Philco, quase 7 quilos. Ambas vinham com entradas de fone de ouvido e inicialmente custavam cerca de 25 por cento mais do que o console TV Admiral de 23 polegadas.

Preços em 1960: US$ 250
Ajustado pela inflação: US$ 2.150

Todos os ajustes de inflação, exceto o da câmera Kodak de 1888, foram feitos com a calculadora da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA: http://www.officialdata.org.

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