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Nos EUA, casais escondem quanto guardam para a velhice

Vinte e um por cento dos casais, casados formalmente ou que vivem juntos, não têm sequer uma noção aproximada do valor mantido pelo parceiro na conta


	Casal: vinte e um por cento dos casais, casados formalmente ou que vivem juntos, não têm sequer uma noção aproximada do valor mantido pelo parceiro na conta
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Casal: vinte e um por cento dos casais, casados formalmente ou que vivem juntos, não têm sequer uma noção aproximada do valor mantido pelo parceiro na conta (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 18h50.

Quem poderia imaginar a pouca confiança que existe entre os que dividem a mesa do jantar.

Muitos casais americanos não compartilham nem mesmo os detalhes financeiros básicos de suas contas de aposentadoria, limitando-se a informar que possuem uma conta.

Vinte e um por cento dos casais, casados formalmente ou que vivem juntos, não têm sequer uma noção aproximada do valor mantido pelo parceiro na conta, segundo um novo estudo.

Em alguns casos, é possível que o assunto simplesmente nunca tenha surgido, mas para outros, este pode ser um sinal de que o “sim” não necessariamente quer dizer “eu revelarei tudo”.

Resultados como esse, de uma pesquisa da Harris Poll para o site NerdWallet com mais de 1.800 casais, mostram a dificuldade ou a relutância de algumas pessoas para falar sobre dinheiro.

“A maioria dos casais não compartilha todos os detalhes financeiros sobre as contas privadas, a natureza dos investimentos ou a quantia economizada -- até mesmo as expectativas para a aposentadoria são basicamente desconsideradas”, disse Lili Vasileff, presidente da empresa de planejamento financeiro Divorce and Money Matters, em Woodbridge, Connecticut.

Além de simples indiferença e omissão, há também um componente cultural a ser considerado. É possível que o dinheiro simplesmente não tenha sido discutido durante a fase de crescimento de um parceiro ou cônjuge, disse Chris Chen, planejador financeiro de Waltham, Massachusetts.

“Muitas vezes descubro que as pessoas herdam noções destrutivas em relação ao dinheiro e as carregam ao longo de suas vidas”, disse ele.

Há também o medo, simplesmente -- invisível, irracional, especialmente em um país onde cada vez mais pessoas temem que ficarão sem nada na poupança no fim da vida.

Os casais têm maior propensão a conversar sobre o estilo de vida na aposentadoria e menor propensão a fazer cálculos a respeito do quanto isso pode custar, disse a especialista em investimento do NerdWallet Dayana Yochim. “As pessoas têm medo do que os números mostrarão”, disse.

Quando os casais se concentram nas contas de aposentadoria, muitas vezes se surpreendem ao ver o crescimento do montante economizado pelos parceiros, disse Michael Resnick, planejador financeiro certificado da GCG Financial em Deerfield, Illinois.

Existe uma situação particular em que normalmente ocorre uma epifania: Resnick considera que, nos processos de divórcio, fica claro quando um parceiro não sabia de nada porque o outro tinha um “controle maior” das finanças.

A nova pesquisa reflete uma consulta maior sobre casais e aposentadoria realizada no ano passado pela Fidelity Investments. Naquele estudo, embora 72 por cento tenha dito que comunicava bem os assuntos financeiros, 43 por cento não disseram com precisão quanto o parceiro ganhava.

Desses 43 por cento, 10 por cento errou em US$ 25.000 por ano ou mais. Os casais muitas vezes também não tinham ideia de quanto dinheiro necessitariam para manter seu estilo de vida quando se aposentassem. Uma fatia de 48 por cento respondeu “não tenho ideia” e 47 por cento divergiu em relação ao montante.

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