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Nível de financiamento da economia se estabiliza em 26% do PIB

Desembolsos do BNDES crescem 47,7% no 1º semestre em comparação à primeira metade de 2003

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A participação dos empréstimos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 26,1% em junho, estável em relação a maio e bem pouco acima dos 26% de abril. O total de crédito do sistema financeiro brasileiro alcançou 442,4 bilhões de reais, com expansão de 1,4% em relação a maio e de 7,9% no primeiro semestre, em comparação com mesmo período do ano passado.

Os resultados foram divulgadas nesta terça-feira (27/7) pelo Banco Central (BC). As operações concedidas pelos bancos privados somaram 265,8 bilhões de reais, aumento de 1,3% no mês e de 9,3% no ano, enquanto o estoque dos financiamentos contratados com instituições financeiras públicas cresceu respectivamente 1,6% e 5,9%, atingindo 176,6 bilhões.

O boletim aponta também para um expansão de 2,7% no saldo do papel-moeda emitido em junho, e de 4,2% nas reservas bancárias. O total de meios de pagamento em circulação (papel-moeda, depósitos de poupança, títulos emitidos por instituições financeiras ou públicos e cotas de fundos de renda fixa) cresceu 1,1% no mês, e chegou a 1,027 trilhão de reais.

BNDES

Os desembolsos efetuados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 47,7% no primeiro semestre, atingindo 18 bilhões de reais. Desse total, 7,3 bilhões de reais foram destinados ao segmento de comércio e serviços - crescimento de 52,8% -, com destaque para o setor de energia e eletricidade; 7,5 bilhões para a indústria -aumento de 29% -, especialmente para veículos e celulose; e 3,2 bilhões para agropecuária.

De janeiro a junho deste ano, as consultas junto ao banco estatal envolveram recursos de 31,1 bilhões de reais, enquanto, no mesmo período de 2003, totalizaram 16,4 bilhões. No mês, os desembolsos somaram 4,1 bilhões de reais, ante 1,8 bilhão de maio. Operações de empresas estatais de energia elevaram em 3,4% a dívida do setor público, que alcançou 18,5 bilhões em junho.

Taxas

O custo dos empréstimos realizados com pessoas jurídicas chegou a 29,7% ao ano, um recuo de 0,3 ponto percentual. O spread (diferença entre o custo de captação pelo banco e a taxa de juros que a instituição cobra do cliente) das operações de crédito com recursos livres caiu 0,2 ponto percentual, situando-se em 27 pontos percentuais. O documento do BC credita esse recuo "à melhora na percepção do risco de crédito pelo sistema financeiro, diante da perspectiva de retomada da atividade econômica".

A taxa média de juros vigente em junho para as linhas de capital de giro está em 34,5% ao ano, 9,5 pontos percentuais menor do que há 12 meses. A linha destinada à aquisição de bens, acionada pelos empresários na hora de realizar investimentos na ampliação de sua capacidade, cobra juros médios de 28% ao ano, 10,8 pontos percentuais menor do que em junho de 2003.

No caso das pessoas físicas, a taxa média de juros para o cheque especial está em 140,3% ao ano (36,7 pontos percentuais menor do que há 12 meses) e de 71,9% ao ano para o crédito pessoal. As taxas de financiamento para a aquisição de bens estão em 36,3% ao ano no caso da compra de veículos e 59,4% ao ano para a média dos demais produtos. No ano, este último tipo de empréstimo é o que registra o maior recuo, de 12,1 pontos percentuais.

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