Nissan March recebe uma estrela em teste de segurança da Latin NCAP (Latin NCAP/Divulgação)
Anderson Figo
Publicado em 8 de agosto de 2018 às 13h00.
Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 13h00.
São Paulo — O Nissan March mostrou fragilidade no quesito segurança, segundo a avaliação mais recente da Latin NCAP, entidade independente que submete os veículos vendidos na América Latina e Caribe a uma série de crash tests (impacto frontal, lateral e lateral de poste), divulgada na semana passada.
O modelo alcançou apenas uma estrela na categoria segurança para adultos e duas estrelas no quesito segurança para crianças. A nota máxima possível, de acordo com as regras da NCAP, é de cinco estrelas.
Segundo a entidade, o Nissan March já havia sido avaliado em 2015 com três estrelas na segurança para adultos e uma estrela para segurança de crianças. Ele foi rebaixado, porém, porque os protocolos dos testes ficaram mais rígidos e passaram a incluir o teste impacto lateral (poste).
"A compressão frontal do peito foi alta e a estrutura se mostrou instável, contribuindo para o resultado de uma estrela a respeito da proteção do ocupante adulto. O peito no impacto lateral recebeu proteção marginal. A falta de Lembrete de Cinto de Segurança (SBR) como equipamento padrão, elemento-chave para os passageiros serem cientes do uso do cinto de segurança, também, contribuiu para a baixa pontuação", explica a Latin NCAP
Ainda segundo a entidade, o March não oferece ancoragens Isofix como equipamento padrão. "Portanto, os Sistemas de Retenção Infantil (SRI) foram instalados utilizando os cintos de segurança que mostraram, junto com os SRIs selecionados, proteção limitada para os ocupantes, fato que explica as duas estrelas para a proteção do ocupante infantil", diz.
A Latin NCAP avalia os carros de zero a cinco estrelas no quesito segurança para adulto e crianças. A entidade aplica testes de colisão frontal, lateral e o mais recente lateral de poste. Apenas os carros submetidos ao novo teste de impacto lateral de poste podem alcançar a nota máxima de cinco estrelas.
O teste de impacto frontal pretende simular o tipo mais frequente de colisões em estradas que causam lesões graves ou mortais. Ele é realizado com o carro a 64 km/h contra uma barreira deformável descentrada, que deve pegar apenas 40% da dianteira do veículo.
O teste de impacto lateral é realizado com o veículo parado, enquanto uma barreira deformável montada em um carrinho o atinge a uma velocidade de 50 km/h. Em ambos os testes, frontal e lateral, também são avaliados o impacto sobre ocupantes crianças e o desempenho dos sistemas de retenção infantil, como o Isofix.
Já no teste de impacto lateral de poste, o mais recente adotado pela entidade, o veículo é lançado lateralmente a uma velocidade 29 km/h em direção a um mastro rígido e estreito. O objetivo é verificar a capacidade do carro para proteger a cabeça do motorista.